Com o objetivo de apresentar o projeto de instalação da Câmara Brasil-China (CCIBC) no estado de Sergipe, o vice-presidente do órgão, Levi Martins, se reuniu na manhã desta quinta-feira, 28, com a vice-prefeita de Aracaju, Eliane Aquino. Também participaram da reunião os secretários municipais da Indústria, Comércio e Turismo (Semict), Jorge Santana; do Meio Ambiente, Augusto César Viana; e da Assistência Social, Rosane Cunha; além de profissionais das pastas e representantes da CCIBC que articulam a implantação da entidade no estado.
Criada em São Paulo, em 1986, a partir de um desejo expresso pelo ex-vice primeiro-ministro da China, Wu Xuegian, a CCIBC é um órgão independente e sem fins lucrativos que desenvolve um importante papel na promoção de intercâmbio e cooperação entre a China e o Brasil nos âmbitos econômico, cultural e acadêmico.
Um dos desafios abraçados pelo vice-presidente do órgão é justamente potencializar o desenvolvimento da Câmara nos estados que compõem o Nordeste brasileiro. "Desejamos promover os negócios entre o Brasil e a China estimulando, especialmente, uma maior participação regional dos estados nordestinos, a exemplo de Sergipe. Por isso, para nós, essa reunião foi bastante significativa. Tivemos a atenção da vice-prefeita, que se mostrou uma pessoa com visão de futuro e que se encaixa perfeitamente com os interesses da China, que possui uma grande expectativa em relação ao Nordeste. Com certeza, essa receptividade da Prefeitura de Aracaju nos mostra que estamos no caminho certo", explicou o vice-presidente da CCIBC, Levi Martins, ao destacar que a implantação da Câmara Brasil-China em Sergipe representará a chegada de um grande estímulo ao desenvolvimento do estado.
A Prefeitura de Aracaju foi o primeiro órgão governamental a receber a visita do grupo. Agora, a expectativa é apresentar a pauta também ao Governo do Estado. "Nós iremos dialogar também com outros entes públicos, da iniciativa privada e também com instituições não-governamentais. Temos como missão disseminar ao máximo o lançamento da Câmara em Sergipe, que está previsto para ocorrer no início do segundo semestre", pontuou Martins.
Para o secretário da Semict, Jorge Santana, a reunião com o grupo abre uma série de oportunidades para o Estado. "O município de Aracaju responde atualmente por cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) de Sergipe. Para nós, é extremamente salutar a ampliação de debates acerca da diversificação da pauta de exportações, bem como de uma possível melhoria na balança comercial. Acredito que a integração do Governo de Sergipe junto à Câmara Brasil-China ampliará as potencialidades da instalação do órgão em nosso Estado".
Dentre a sua ampla área de atuação, a CCIBC destaca-se por representar fundos chineses de investimentos e atuar na intermediação do investimento desses recursos em solo brasileiro, especialmente na instalação de novas fábricas, expansão de iniciativas empresariais e apoio ao desenvolvimento de parcerias público-privadas.
A vice-prefeita de Aracaju, Eliane Aquino, reforça a importância da instalação da Câmara em Sergipe. "A China é o maior parceiro econômico do Brasil. Termos, em Aracaju, a sede de uma representação da Câmara significa termos um importante canal de diálogo e estreitamento das relações não apenas econômicas, mas também culturais. Acredito que, a partir da instalação da Câmara, poderemos ampliar a discussão a respeito das estratégias de atuação, levando em conta as potencialidades locais e ampliando o debate para outros eixos relevantes, a exemplo do turismo", avaliou.
A CCIBC
A Câmara Brasil-China é a única legitimada pelo Conselho Chinês para Promoção do Comércio Internacional (CCPIT), pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Além disso, o órgão mantém acordos com entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI); a Associação das Empresas Nacionais Exportadoras (AEB) e a Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB).
