Saúde realiza busca ativa de casos de tuberculose no bairro Soledade

Saúde
27/07/2018 20h20
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A Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju (SMS), por meio da Vigilância Epidemiológica, está realizando uma busca ativa de casos de tuberculose. A ação, que acontece na Unidade Básica de Saúde (UBS) Carlos Hardmam Cortês, no bairro Soledade, tem como objetivo prevenir e diagnosticar precocemente a doença, através de ações em domicílio e também na unidade de saúde.

A tuberculose é causada por uma infecção por Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), e quando não é tratada adequadamente, pode levar até a morte. Segundo o enfermeiro da UBS, José Magno dos Santos, não tem como fazer a cobertura e romper a cadeia de transmissão da tuberculose somente dentro de um consultório.

“Por isto, eu e as enfermeiras, Georgina de Sousa, Maria Eunice Barretos, junto com outros profissionais da unidade, estamos indo de casa em casa e conversando com a população, reforçando o combate à doença e informando quais são os sintomas da doença e o tratamento. Algumas pessoas ficam com tosse durante semanas e acham que é apenas uma gripe, mas pode ser a tuberculose. Então, temos que mobilizar e sensibilizar a comunidade para termos o controle da doença”, disse.

De acordo com a técnica responsável pelo Programa Municipal de Controle da Tuberculose (PMCT), Léa Matos da Silveira, o diagnóstico precoce possibilita quebrar a cadeia de transmissão através do início ao tratamento.

“As pessoas devem ter consciência de que a tuberculose existe, que tem tratamento e cura. É uma doença muito estigmatizada, onde o preconceito ainda é muito grande, o que dificulta a adesão do paciente ao tratamento", explicou.

Em 2017, foram notificados 306 casos em Aracaju, e no primeiro quadrimestre deste ano, já foram registrados 138 casos da doença.

A doença

A tuberculose é uma doença infecciosa transmitida através de gotículas da saliva, tosse ou espirro da pessoa infectada. O tratamento tem duração de seis meses, e os dois primeiros meses é de fase intensiva com o uso de quatro drogas combinadas.

"Os outros quatro meses são de manutenção do tratamento, no entanto é preciso leva-lo até o fim, pois se a pessoa parar de tomar os medicamentos por 30 dias, terá que iniciar tudo do zero, o que pode fazer com que ela crie resistência à medicação, principalmente à Rifampicina que é uma das quatro drogas. Nos últimos anos, o índice de multidroga resistente vem aumentando bastante e devemos evitar", alertou Léa.

Todas as 44 Unidades de Saúde da Família fornecem os medicamentos gratuitos, como também os hospitais municipais Nestor Piva e Fernando Franco.

"Já no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar) do Siqueira Campos existe o serviço de referência em tuberculose onde são atendidos os pacientes multirresistentes, as crianças menores de 10 anos, e pacientes com comorbidades (que têm hipertensão, diabetes e vírus HIV). Também é lá que está localizado o laboratório municipal, onde são realizados os testes rápidos, que dão o resultado em até 24 horas", complementou a técnica do PMCT.