Sema discute projeto de espiral de ervas medicinais como intervenção urbana

Meio Ambiente
31/07/2018 14h33

Desde os primórdios, o homem sempre dependeu da natureza para sobreviver e um dos recursos que o meio ambiente oferece são as plantas medicinais, que servem para curar vários tipos de enfermidades. Desta forma, com intuito de sensibilizar a população aracajuana a se aproximar da natureza, assim como realizar intervenções urbanas nos espaços que sofrem acúmulo de lixo, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), por meio do setor da Educação Ambiental (EA), se reuniu na manhã desta terça-feira, 31, com o ativista de causas sociais e ambientais, Chaski Aguilar, para unir forças a fim de implementar espirais de ervas medicinais nas intervenções a serem realizadas nestes pontos críticos. 
De acordo com a coordenadora de Educação Ambiental da Sema, Raphaella Ribeiro, a proposta é fazer uma parceria para ampliar o número de espirais com medicamentos de origem vegetal nos pontos viciados de descarte irregular de resíduos que serão transformados em áreas de convivência, com o objetivo de aproximar o homem à natureza e sensibilizar as pessoas a usarem o espaço, que está sendo depredado, para fim de um bem comum.  “Já que Chaski Aguilar realiza esse trabalho aqui no município, então a nossa ideia é fazer uma parceria para que possamos ver um envolvimento da sociedade, para que ela volte a ter uma nova relação com a natureza, com esses bens naturais”, relata.
Para o secretário municipal do Meio Ambiente, Augusto Cesar Viana, a proposta é, por meio dessa parceria, continuar mudando o cenário de alguns pontos de Aracaju considerados críticos . “A gente quer mudar esse cenário, do descarte e acúmulo de lixo na cidade, criando novos hábitos, ocupando os espaços com a proposta de aproximação da natureza, sendo realizado de forma a envolver a própria comunidade na realização desse trabalho, para que tenha resultados positivos. É o que já está acontecendo”, afirma. 
O espiral de ervas medicinais é um formato de canteiro de produção de ervas que se reproduz de acordo com o mesmo sistema de uma floresta para o seu crescimento. É uma forma de plantio que aumenta a produtividade e a saúde das plantas e, ao mesmo, permite que a comunidade que esteja em volta, tenha um laboratório natural de pequeno tamanho para se beneficiar, através do consumo de ervas naturais em pequenos tratamentos, substituindo, inclusive, pelos farmacêuticos.
O ativista Chaski Aguilar vem desenvolvendo trabalhos que almejam sensibilizar as pessoas sobre a relação que elas deveriam ter com o meio ambiente e seus recursos naturais. “Esse projeto de intervenção urbana eu vejo como uma ferramenta para desenvolver dentro da comunidade a percepção de que os espaços públicos podem ser utilizados a favor de todos, do meio ambiente e do próprio cidadão. E quando há a participação da comunidade dentro de um trabalho, aumenta a probabilidade daquele projeto seguir adiante, pois as pessoas se envolvem, criam relação com o espaço, um vínculo com as plantas e com a vizinhança, fazendo com que vivam em harmonia com o meio ambiente”, destaca.