Comunidade do Barroso reaviva esperança com adiantamento de obras

O senhor Dógio Silva viu os primeiros dias do loteamento Barroso, localizado no bairro Farolândia, na zona Sul de Aracaju. Como ele descreveu, quando chegou, o lugar tinha apenas mato e nenhuma expectativa de mudança. Desta época para cá, se passarem 43 anos e o sonho da mudança, enfim, começa a ser vislumbrado, não só para o senhor Dógio, como para toda a comunidade que vê o loteamento sendo transformado com o movimento das máquinas.

A iniciativa da Prefeitura de Aracaju, através da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), representa um grande avanço para a localidade, além de confiança, já que é uma promessa sendo cumprida pela gestão. As melhorias seguem a todo vapor e com boa margem de adiantamento. 

“É interessante sentir que somente depois de tantos anos eu começo a ver o lugar em que moro evoluindo junto com a cidade. Era comum a gente ver o resto da cidade sendo melhorada e o Barroso parado no tempo, como se não fizesse parte de Aracaju. Mas, agora, a gente volta a ter esperança de que tudo isso mude para melhor. Não podemos perder a esperança e sei que a minha será compensada porque sinto que essa obra vai pra frente”, afirmou o senhor Gilvan.

Enquanto o restante do bairro Farolândia tem calçamento, não é preciso adentrar muito no loteamento para perceber o que a obra poderá causar de positivo na população, sobretudo em dias de chuva, quando a lama tomava conta das ruas. Esta realidade, no entanto, ficará para trás com o serviço que inclui terraplanagem - uma das medidas mais reivindicadas pelos moradores -, drenagem pluvial, sinalização horizontal e vertical, pavimentação asfáltica, meio-fio de concreto e colocação de placas para a identificação dos logradouros.

Para Gilvan Caruso que trabalha na obra de uma das residências da região, a obra vai melhorar significativamente o fluxo, tanto de pessoas como também de meio de transporte. “Uso moto para me locomover e, por causa da areia, até mesmo nos dias sem chuva eu tinha receio de atolar, imagine quando chovia. Com a obra, com certeza as pessoas poderão passar com mais tranquilidade pelas ruas”, disse.

 

Mais do que o aspecto físico da localidade, a obra vai revitalizar o sentimento de satisfação da comunidade. Assim pensa a dona Maria Olívia, conhecida como Dona Bebel. Para ela, ver o local onde mora sendo transformado, modifica o seu olhar, inclusive para as promessas. “Ouvia falar dessa obra e, como de outras vezes, achei que não aconteceria, mas, está acontecendo e isso me enche de alegria. Moro aqui há 50 anos e agora tenho o prazer de ver máquinas trabalhando para melhorar a nossa vida. Só tenho o que elogiar”, ressaltou. 

A vizinha de Dona Bebel, Patrícia Rodrigues, foi criada no localidade e também criou os três filhos no Barroso. Hoje, ela vê a netinha de três anos crescendo num lugar melhor do que ela viu ao longo dos anos. “Tenho 38 anos, e estou há 30 morando aqui. Quando vim para cá, achava graça brincar entre os coqueiros, mas, cresci, vi os coqueiros sendo retirados, mas, nenhuma melhoria sendo feita. Minha neta, não. Ela, agora, vai crescer vendo um lugar melhor, onde ela vai poder brincar mais e sem a sujeira que era. Fico muito feliz em ver esse desejo sendo realizado”, destacou.