Erudito e popular permeiam as interpretações do Quarteto Dissonante no Quinta Instrumental

Funcaju
07/09/2018 06h22
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O projeto Quinta Instrumental desta quinta-feira, 6, realizado no Centro Cultural de Aracaju, através da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), trouxe a harmonia da sonoridade do piano elétrico, da bateria, da flauta transversal, do violão, da guitarra e do baixo elétrico, comandada pelo quarteto sergipano ‘Dissonantes’. O grupo é formado por jovens músicos que animou o público com interpretações de peças da Música Popular Brasileira, além de músicas autorais e um repertório especial com composições de caráter erudito. 
 
O presidente da Funcaju, Cassio Murilo, realizou a abertura do espetáculo e explicou ao público sobre o processo de seleção do ‘Quarteto Dissonante’ para participar do projeto. “A seleção foi feita por edital e divulgamos os aprovados para esta temporada, mas um dos grupos que iria se apresentar hoje desistiu por motivos pessoais. Com isso, decidimos convocar o primeiro excedente da lista para participar do Quinta Instrumental. Lembrando que seguimos perfeitamente os trâmites legais previstos nas cláusulas do edital”, ressaltou.
 
“Que sorte a nossa. Queríamos participar desse projeto desde a primeira temporada. E, hoje, estamos realizando mais um sonho. É inexplicável. É surreal estar nesse palco onde vários nomes da música instrumental já mostrou seu trabalho. Chegou a nossa vez de mostrar a nossa arte, o nosso talento ao nosso público aracajuano. Essa noite ficará marcada na história do grupo que é recente, mas que possui um valor incalculável”, disse o flautista transversal, Daniel Melo.
 
Segundo o músico, o objetivo do Quarteto Dissonante que foi criado em 2017 é mesclar diversos gêneros musicais. “Cada componente do grupo traz uma referência musical e pensamos que esse seria o nosso diferencial. Afinal, conseguimos unir o melhor da música clássica e erudita com samba, choro, baião e, claro, com muita dissonância", destacou Daniel.
O flautista ainda revela que o repertório com composições de renomados autores brasileiros fazem parte da formação musical do Quarteto Dissonante. “Atrelado a essas canções dedicamos boa parte do espetáculo com composições próprias como, por exemplo, ‘Samba pro Dani’, ‘Baião pro Davi’ e ‘Ao Cair da Tarde’, que trazem características únicas fazendo jus ao nome do grupo. Além de com composições de caráter erudito”, comentou Daniel.
 
O espetáculo contou com a participação dos músicos Lucas Dias e Lucas Rodrigues. “Um dos integrantes do Quarteto não poderia comparecer ao show e decidimos fazer algo diferente e convidamos dois amigos músicos para abrilhantar essa apresentação no palco do Teatro João Costa”, explicou Daniel.
A economista Izaura Santa Maria afirmou que Aracaju estava precisando de um projeto que movimentasse esse segmento. “Foi maravilhoso. Tudo estava perfeito. Da iluminação ao repertório que fez o passeio entre a música brasileira e ao erudito. A Funcaju está de parabéns pela criação desse movimento que permite que todos tenham acesso a música de qualidade e de forma gratuita”, elogiou.