Dando continuidade às ações do Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio e à proteção da vida, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) realizou uma palestra de conscientização com os trabalhadores do Complexo Penitenciário Advogado Jacinto Filho (Compajaf).
Institucionalizada desde 2015, por iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a campanha contra o suicídio busca reconhecer os sinais de alerta e as tentativas como prioridade na saúde pública.
Segundo o psicólogo e referência técnica de saúde mental na Rede de Atenção Primária, Wagner Mendonça, a palestra teve como finalidade promover a prevenção e alertar sobre a importância do debate. "Em Aracaju, a SMS realiza campanha com foco no público interno e o objetivo de hoje foi sensibilizar os profissionais da Compajaf para prevenção do suicídio, tornando-os multiplicadores nos seus espaços de trabalho, focando não só no cuidado das pessoas que têm tendência à depressão, mas também aos cuidados com os colegas de trabalho", explicou.
De acordo com a assistente social, Sindaya Belfort, o suicídio precisa ser discutido, pois a pessoa com problemas psicológicos está em um nível de sofrimento muito intenso e precisa de ajuda. "Atualmente, o suicídio é a segunda causa de óbito no mundo, e no Brasil é a quarta maior, segundo dados do Ministério da Saúde", disse.Para a psicóloga do Compajaf, Ingrid Diniz, a palestra foi bastante proveitosa. "Muitos dos suicídios são evitáveis. Temos um problema de saúde pública e podemos nos prevenir. Uma das ferramentas de fazer isso é o Centro de Valorização da Vida (CVV), um serviço que funciona 24 horas, onde as pessoas podem ligar gratuitamente para o número 188, para receberem apoio emocional e orientações de prevenção", falou.
ServiçosA Rede de Atenção Psicossocial (Reaps) da SMS conta com seis Centros de Atenção Psicossocial (Caps), numa rede ampla que atende as especificações da Organização Mundial da Saúde (OMS). No nível de atenção primária, são tratados casos leves, que podem ser atendidos em 14 unidades básicas, nas oito regiões de saúde da capital. Entre essas unidades, dez referências em saúde mental são voltadas ao atendimento de adultos, e quatro para o público infantojuvenil. No segundo nível, os casos considerados mais graves e crônicos são atendidos pelos Caps e na urgência psiquiátrica do hospital São José.