Dando continuidade ao curso 'Intersetorialidade no cuidado à pessoa com necessidades relacionadas ao uso de drogas', a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) realizou a oitava aula da capacitação nesta terça-feira, 2, no Centro de Educação Permanente da Saúde (Ceps), localizado no bairro Siqueira Campos.
A atividade é uma iniciativa da SMS, conta com participação do servidores da Secretaria Municipal da Educação (Semed), Secretaria Municipal da Assistência Social (Semfas) e Guarda Municipal de Aracaju (GMA), acontecerá num total de dez encontros.
O objetivo do projeto é fortalecer o trabalho em rede, compartilhando ações e conhecimentos entre Educação, Saúde, Assistência e Segurança Pública. A Referência Técnica de educação permanente em saúde do Ceps, Jane Curbane, fala sobre os assuntos abordados nos cursos.
“Estamos no momento mais importante do curso, que é o de articulação e validação dos projetos. Cada grupo de alunos apresentou um projeto de intervenção e suas estratégias no território. Temos que entender que a prevenção também deve ser tratada como uma prática pedagógica e inserida nos processos de formação continuada. Álcool e droga é uma realidade e é imprescindível que os profissionais estejam capacitados para entenderem a temática e consigam fazer a abordagem correta”, explicou.
De acordo com a coordenadora de gestão de trabalho da Semfas, Maria do Socorro Lobato, o foco principal é poder, junto a esses trabalhadores, pensar numa articulação intersetorial, para lidarmos com esse sujeito que, muitas vezes, é o mesmo assistido pelas escolas da rede municipal e pelos Cras. “Precisamos aprender a vê-los não como doentes ou delinquentes, mas como sujeitos dignos de terem seus direitos garantidos”, disse.
Avaliação positiva
“Temos alunos de várias faixas etárias e classes sociais que, infelizmente, sofrem com o uso de droga, seja direita ou indiretamente. Por conta disso, todas as ações que podem ajudar a orientar melhor os nossos profissionais são importante. As drogas estão cada vez mais fáceis de encontrar e baratas para comprar, quanto mais orientarmos nossos estudantes, maior é a tendência deles se afastarem do mundo das drogas”, acredita a coordenadora de formação continuada da Semed, Fátima Hilário.
O assistente social da Semed, Heverton Ramon dos Santos, é um dos participantes do curso e avaliou de forma positiva os encontros. “Esse curso está ampliando meu conhecimento sobre essa temática da dependência química e ao mesmo tempo facilitando minha atuação na escola e na comunidade em que eu trabalho. É uma ferramenta que vem para ampliar nossa visão sobre essa temática e vai me permitir fazer abordagens mais qualificadas”, disse.
Segundo o coordenador geral do Ceps, João Sampaio, os problemas relacionados ao uso de drogas são problemas sociais, e têm base e incidem em diversas dimensões da vida dos sujeitos não devendo ser abordados apenas como questões de saúde ou de justiça.
“Temos criado diversos arranjos para lidar com os problemas relacionados ao uso de drogas, a exemplo dos Centro de Apoio Psicossocial (CAPS AD), da Unidade de Acolhimento Adulto, do Programa de Redução de Danos e do Consultório na Rua. Ao juntarmos os trabalhadores das secretarias estamos fazendo em um único movimento, qualificando a partir de tecnologias e experiências da saúde, bem como implicando e corresponsabilizando estes outros setores a lidar com este problema. Este curso é um vetor de intersetorialidade que potencializa o olhar ampliado para uma questão complexa, como são os problemas relacionados ao uso de drogas”, enalteceu.
