Saúde e Educação promovem oficina sobre sexualidade voltada ao público infantojuvenil

Saúde
03/10/2018 17h10

O Programa Saúde na Escola (PSE) e o Programa Municipal de IST/Aids continuam promovendo as oficinas sobre sexualidade para profissionais de saúde, professores e estudantes em Aracaju. Nesta quarta-feira, 3, a atividade foi realizada no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Carlos Hardman Côrtes.

A oficina tem o objetivo de capacitar e qualificar os profissionais da Saúde, da Educação e os estudantes sobre o tema da sexualidade para posteriormente fazer rodas de conversa com os adolescentes. A referência técnica (RT) do PSE da SMS, Aline Guimarães Vieira, e a técnica do Programa de IST/Aids da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a psicóloga Aline Rabelo, reuniram-se com trabalhadores da Unidade Básica de Saúde (UBS) Carlos Hardman Côrtes, estudantes do primeiro período de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit) e também a RT pelo PSE da Secretaria Municipal da Educação (Semed), Marilyn Macedo.

“Os profissionais de saúde nos informaram que não sabiam como chegar aos adolescentes para abordar o tema da sexualidade, por esta razão, nós, técnicas do PSE e do Programa IST/Aids, planejamos esta oficina e estamos levando aos bairros com alto índice de gravidez na adolescência”, esclareceu Aline.

A ideia é melhorar a consciência dos jovens para a questão da sexualidade, como o uso de preservativos para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) e gravidez. “Estamos vindo aos bairros fazer as oficinas com palestras, dinâmicas de grupo e entrega de materiais educativos para os profissionais se tornarem multiplicadores e repassarem estes conhecimentos nas escolas”, reforçou.

Para a cirurgiã-dentista da UBS Carlos Hardman, Graziane Ribeiro Couto, esta oficina foi muito importante porque trouxe um novo olhar para lidar sobre a sexualidade com os adolescentes. “Estamos nos preparando para fazer esta abordagem porque muitos adolescentes chegam na unidade e pedem para conversar sozinhos conosco. É fundamental termos uma linguagem mais apropriada para falarmos com eles, principalmente quando formos fazer alguma ação na escola, como faremos em breve na Escola Municipal Jaime Araújo, aqui no bairro”, explicou.

Indicadores

No ano passado, em Aracaju, houve 62 crianças nascidas vivas de mães com idades de 10 a 14 anos. “São crianças sendo mães, e isso é caso de saúde pública e, principalmente, de educação. Precisamos fazer com que estas crianças e adolescentes que já têm vida sexual ativa busquem orientações e preservativos nas unidades de saúde. Precisamos estreitar o vínculo deles com as UBS”, ressaltou a técnica do PSE da SMS.

Também em 2017, nasceram na capital 1.274 bebês de mães adolescentes com idades entre 15 e 19 anos. “Somente no ano passado foram detectados 15 casos novos de aids em crianças e adolescentes de 10 a 19 anos, sendo dois no bairro Siqueira Campos e dois no Grageru, por exemplo”, alertou a técnica do Programa Municipal de IST/Aids.