Saúde realiza inquérito canino para prevenir a leishmaniose no Mosqueiro

Saúde
09/10/2018 17h59

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), através da Coordenação de Vigilância Sanitária e Ambiental (Covisa), realizou nesta terça-feira, 9, um inquérito canino de mapeamento dos ambientes propícios ao vetor da leishmaniose e educação em saúde no povoado Areia Branca, Mosqueiro.

O objetivo é a prevenção da transmissão da leishmaniose visceral canina, popularmente conhecida por calazar. O gerente de Vigilância em Saúde Ambiental da Covisa, Paulo Vinícius Carneiro, explica que o inquérito canino é realizado quando há suspeitas ou casos de leishmaniose em humanos.

“É determinado um raio e é feito a coleta de sangue dos animais que estão nas residências daquele raio. Depois é avaliado pelo laboratório do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e são mapeadas as áreas de ambientes propícios ao vetor que no geral são acúmulos de entulho, de matéria orgânica, folhagens e lixo”, explicou.

Paulo disse ainda que o trabalho da SMS tem sido intensificado nos últimos anos devido ao aparecimento de alguns casos de leishmaniose em alguns bairros de Aracaju. A partir deles, são mapeadas as áreas de risco e a população do local é orientada sobre como deve ser o manejo adequado dos resíduos.

“Muitas vezes fazemos ações em parceria com os próprios moradores para fazer mutirão de limpeza, como também temos atividades conjuntas com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb)”, completou.

Trabalho de rotina

A educação em saúde é um trabalho rotineiro dos agentes de combate às endemias. “No caso da leishmaniose, por exemplo, falamos sobre a doença, como ela é transmitida e como podemos prevenir”, enfatizou o supervisor do Programa Municipal de Controle da Leishmaniose do CCZ, Wilson Oliveira dos Santos.

Essas ações são desencadeadas para prevenir e educar a população para combater os ambientes propícios ao vetor e identificar os animais que já estão com a doença. “São atividades periódicas e permanentes, de acordo com a necessidade de cada bairro”, acrescentou Wilson.

No Mosqueiro também foi realizada a ação de borrifação, ou seja, a aplicação de inseticida de poder residual para eliminação do flebótomo, conhecido como mosquito palha, que é o transmissor da leishmaniose.