Aulas de pintura em tecido despertam novas perspectivas nos participantes

Formação para o Trabalho
15/10/2018 14h57
Início > Noticias > 78492

Com pincel e tinta nas mãos, criatividade e vontade de aprender, Maria Betânia da Silva, que já foi aluna do curso de Pintura em Tecido (30h) oferecido pela Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), mostrou que nunca é tarde para buscar melhorar de vida através de uma atividade produtiva. Aos 52 anos, a oportunidade de aprender novas técnicas que pudessem se somar às habilidades que já possuía contribuíram para que ela se sentisse realizada por meio da arte.

"Eu já tinha o básico de pintura em tecido, porém, acredito que ninguém nunca sabe de tudo, e esse curso despertou outras técnicas, outros acabamentos em relação às sombras, por exemplo, e outros traços. Para mim foi muito bom, porque só melhorei naquilo que eu já fazia e tinha como uma fonte de renda. Com a venda das peças eu consigo cobrir meu INSS e algumas contas extras", contou a artesã, que já atua no ramo há dois anos. Segundo ela, a sensação de evolução traz não só benefícios financeiros, mas também contribui com sua saúde mental.

Além de Betânia, o vigilante Luiz Farias, que foi seu colega de classe, contrapôs a ideia de o curso ser voltado para o público feminino e se matriculou assim que soube da oferta na Unidade de Qualificação Profissional (UQP) do bairro Santos Dumont. Na oportunidade, as aulas foram voltadas para a pintura em panos de prato. "Para mim foi uma maravilha, porque fui pegando conhecimento de uma área que eu não dominava, mas que sempre gostei. Nunca tive o interesse em trabalhar com pintura, mas após o curso descobri que tenho um dom que eu posso investir depois, de repente. Esse tipo de curso ser oferecido de graça é fundamental para fortalecer as comunidades, porque gera economia", afirmou. 

Para Luiz, a iniciativa da Fundat colabora, ainda, com o estímulo ao conhecimento da população, que tem a chance de aprender coisas novas e dar um outro rumo para a vida profissional. "Ocupo meu tempo trabalhando à noite, e pelo dia não tinha muito com o que me ocupar. A parte de pintura e cultura me interessam, e muita gente ainda pensa que é mais uma área só feminina, mas não é verdade. A arte é feminina e masculina, é de todo mundo", completou.