Saúde orienta trabalhadores no cuidado com crianças com autismo

Saúde
18/10/2018 17h10

Com o objetivo de promover um momento de Educação Permanente voltado para os profissionais do Centro de Apoio Psicossocial (Caps) Infantil D. Ivone Lara, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) desenvolveu, nesta quinta-feira, 18, uma Roda de discussão a respeito do Cuidado à pessoas com Transtornos do Espectro do Autismo
 
Na reunião, foram discutidos os serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Aracaju, que oferta cuidados às pessoas em sofrimento psíquico, focando na promoção da atenção psicossocial junto aos usuários e às famílias, sempre de forma integrada. "Entre as atividades desenvolvidas no serviço estão as estratégias de reabilitação psicossocial, que buscam promover e intensificar ações de fortalecimento do protagonismo de usuários”, enfatizou a gerente do Caps Infantil de Transtorno Mental, Alessandra Aragão.
 
Diagnóstico
A apoiadora do CAPS, Karen Emanuella, falou sobre a importância da avaliação de cada caso, para que se possa fornecer um diagnóstico preciso e um tratamento eficiente. “É importante salientar que cada pessoa é diferente e pode apresentar comportamentos diferenciados, o que exige um cuidado individualizado. Após o diagnóstico, os usuários devem fazer uma série de ações de reabilitação a fim de estimular o desenvolvimento das potencialidades, o que demanda cuidados específicos e singulares de acompanhamento ao longo das diferentes fases da vida. O atendimento do autismo na rede pública pode ser realizado nos Centros de Atenção Psicossocial [CAPS] e no Centro Especializado de Reabilitação [CER II]", explicou.
 
Para a psicóloga e referência técnica da Rede Atenção Psicossocial do Estado, Anusca Barros, nos primeiros anos de vida, alguns sinais podem indicar um possível autismo, como os sinais motores, sensoriais, fala e no aspecto emocional. “Caso alguns deles sejam identificados, os pais devem procurar o serviço de saúde o mais rápido possível, uma vez que a estimulação precoce é fundamental para o desenvolvimento dessas crianças. Eles têm outra percepção e isso não quer dizer que é errado, só é diferente. Quando a gente passa a modificar a nossa visão a respeito deles, nós podemos entendê-los melhor", enfatizou.
 
De acordo com a psicopedagoga da SMS, Elaine Campos, o desafio em toda a rede é qualificar e melhorar a identificação precoce. “Aqui, nós atendemos crianças e quanto mais cedo houver intervenção, melhor será a resposta aos tratamentos e a probabilidade de eles virem a serem adolescentes e adultos muito mais participativos, funcionais, no sentido de desenvolver suas ações cotidianas”, destacou.