Sema explica danos ambientais causados pelo descarte incorreto do óleo saturado

Meio Ambiente
31/10/2018 14h36

O uso do óleo de cozinha é comum, não apenas em empreendimentos, como bares, hotéis e restaurantes, mas também em residências, onde grande parte da população, por não ter conhecimento dos danos ambientais ou por falta de hábitos conscientes, acaba descartando o óleo no ralo da pia, em vasos sanitários e até mesmo no lixo comum. Devido a essa situação, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) explica os problemas ambientais que o descarte incorreto do óleo saturado pode causar ao meio ambiente, com o intuito de sensibilizar a população para a adoção de boas práticas a favor da natureza.
 
De acordo com a coordenadora de Educação Ambiental da Sema, Raphaella Ribeiro, os métodos comuns adotados pelo homem no descarte incorreto do óleo saturado são meios de contaminação do meio ambiente, que podem poluir as águas, o solo e a atmosfera. Ao despejar o óleo de cozinha usado na pia ou no vaso sanitário, ele passa diretamente pela rede de esgoto e, consequentemente, fica retido em forma de gordura nos encanamentos, no que dificulta a passagem das águas pluviais e causa o extravasamento de água na rede de esgoto e o seu entupimento, levando ao mau funcionamento das estações de tratamento. 
 
Um litro de óleo pode poluir cerca de 20 mil litros de água, trazendo consequências trágicas na vida marinha. “Como o óleo é menos denso que água, ele fica na superfície dos rios e lagos, impedindo a entrada de luz e oxigênio, gerando a mortandade de várias espécies aquáticas que dependem dessa luz e do ar para se desenvolver e sobreviver”, explica a coordenadora de Educação Ambiental da Sema, Raphaella Ribeiro.
 
O óleo de cozinha usado também chega aos solos, tanto por meio das margens dos rios e lagos, como, principalmente, através do descarte do óleo no lixo comum. O óleo contamina o solo e acaba sendo absorvido pelas plantas, além de afetar o metabolismo das bactérias e outros micro-organismos que fazem a deterioração de compostos orgânicos nutrientes para o solo. Ele também polui os lençóis freáticos, e resulta na impermeabilidade do solo. Quando ocorrem as chuvas, isso contribui para as grandes enchentes. Já a atmosfera acaba sendo poluída, pois devido à decomposição do óleo, ela produz o gás metano, um dos causadores do aquecimento global.

Fiscalizações

A Sema, por meio do Departamento de Controle Ambiental (DCA), realiza constantes fiscalizações com base na lei municipal nº 1.789, de 17 de janeiro de 1992, em busca de preservar as Áreas de Preservação Permanente (APP's) de Aracaju. Uma operação que tem por objetivo combater qualquer tipo de degradação ambiental causada pelo homem, como despejo de efluentes domésticos, a exemplo do descarte incorreto do óleo de cozinha usado, que tanto afeta a fauna e a flora.

Ponto de descarte

O órgão ambiental disponibiliza um ponto de coleta de óleo de cozinha saturado, que pode ser trocado por barras de sabão. O óleo deve ser armazenado em um recipiente, a exemplo de garrafa pet, e levado à sede Sema, localizada à rua Santa Luzia, nº 926,  bairro São José, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h  ou das 13h às 17h.  “A coleta é realizada em parceria com a Recigraxe, empresa coletora de óleo saturado licenciada, responsável por recolher o óleo e fazer o descarte de forma adequada. Basta o cidadão procurar, ao chegar a Sema, a equipe de Educação Ambiental para realizar a troca do óleo por sabão”, finaliza Raphaella Ribeiro.