Assistência e Fundat se unem para falar sobre empreendedorismo com usuárias do Cras Maria Diná

Assistência Social e Cidadania
22/11/2018 18h07

As usuárias do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Maria Diná, localizado no bairro 17 de Março, reuniram-se, na tarde desta quinta-feira, 22, para falar sobre as possibilidades do ‘empreendedorismo’. O encontro, que foi promovido pela Secretaria Municipal da Assistência Social, em parceria com a Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), teve como objetivo estimular o espírito empreendedor das mulheres referenciadas pela instituição assistencial, além de apresentar as oportunidades ofertadas pela Prefeitura Municipal, por meio da Fundat.

Ser empreendedor é ter habilidades e competências para criar ou implementar e gerir novos negócios. Entre os seus referenciados, o Cras Maria Diná tem muitas mulheres com vontade de ter o seu próprio negócio, de empreender. De acordo com dados do Levantamento Mundial Global Entrepreneurship Monitor 2017, realizado no Brasil por meio do Sebrae, as mulheres foram responsáveis por abrir mais da metade dos novos negócios no país no ano de 2016. Dentre os setores que mais se destacaram está o de serviços. A pesquisa aponta que, em 2016, 51,5% dos novos negócios foram abertos por mulheres. Enquanto em 2017 foi 47%.

A dona de casa Alcíline Batista Santos é usuária do Cras Maria Diná e quer entrar para o número de novas empreendedoras em 2019. Ela, que tem o desejo de abrir um comércio com produtos diversos, gostou muito do que foi mostrado. “Aqui, fomos incentivadas a irmos atrás dos nossos sonhos. Eu mesma quero abrir o meu negócio, mas não sabia como. Com a ajuda desses profissionais já tive uma orientação. O bom também é saber que a Fundat oferece muitas oportunidades para aqueles que têm vontade de construir uma carreira no empreendedorismo”, destaca.

O encontro, que teve como um dos focos falar sobre o empreendedorismo individual, atendeu aproximadamente 20 mulheres dos serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif) oferecidos pela unidade da Assistência Social. Segundo a assistente social Janaína Lomeira Félix falar sobre empreendedorismo com as mulheres referenciadas é incentivar que as participantes encontrem alternativas de geração de renda. “Muitas dessas mulheres não têm perspectiva de vida, não têm um trabalho, mas têm muita vontade de ter o seu negócio. Um dos temas abordados, que foi o empreendedorismo individual, faz com que essas cidadãs enxerguem alternativas para serem autônomas, tenham a sua própria renda. Fazer com que elas entendam isso, também é um dos nossos papéis, enquanto agentes do serviço de Proteção Social Básica”, pontua.

A tarde, conduzida pelo técnico de empreendedorismo da Coordenadoria de Empreendedorismo da Fundat, foi uma ocasião para apresentar o trabalho realizado pela Fundação, que oferece diversos cursos de capacitação e ações de encaminhamento para o mercado de trabalho. “O que a gente percebe é que muitas delas têm o talento para o empreendedorismo, só que estava adormecido. Hoje, a nossa proposta foi fazer com que todas despertassem esse talento e enxergassem as diversas alternativas à sua volta. Nós, da Fundat, estamos aqui para auxiliá-las e mostrar que todo mundo é capaz, que tem espaço no mercado de trabalho”, disse o técnico de empreendedorismo, Antônio Braz.

O encontro, que foi realizado através de uma articulação entre a Coordenadoria da Mulher da Assistência Social e a Coordenadoria de Empreendedorismo da Fundat, foi desenvolvido também na tarde da quarta-feira, 21, com as usuárias do Cras Santa Maria.