O mundo está evoluindo, as cidades e populações crescendo e, com isso, uma maior quantidade de lixo está sendo produzida. Não é à toa que um dos maiores desafios dos tempos atuais é justamente pensar em formas de descartar de maneira correta os resíduos produzidos e, desta forma, não prejudicar o meio ambiente. Em Aracaju, a Prefeitura avança no Planejamento Estratégico da gestão e um dos motes voltados à preservação do meio ambiente está relacionado ao descarte de lixo, contemplando o norte de uma cidade inteligente, humana e criativa. Por isso, em agosto do ano passado, a administração municipal, através da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), inaugurou o primeiro Ecoponto de Sergipe, local que tem sido um grande aliado para cumprir as metas da gestão.
O espaço, localizado no Bairro Industrial, foi estrategicamente pensado para, primeiramente, reduzir o número de pontos de descarte irregular na região. Em seguida, ser como uma ferramenta de análise para a implantação dos demais Ecopontos que estão no planejamento da Prefeitura de Aracaju. A ideia é entregar à cidade 18 Ecopontos, ao todo.
Ao longo desses seis meses, desde a implantação do Ecoponto, faltam apenas quatro pontos de descarte irregular a serem anulados. “Nesse tempo, houve, de fato, uma significativa redução do descarte irregular na localidade. Essa redução se deu tanto pela implantação do Ecoponto, como também pelos trabalhos de educação ambiental, conduzindo a informação para que a população conduza os resíduos para a unidade. Nós tínhamos cerca de 18 pontos num raio de 600 metros, mais precisamente em baixo da ponte Aracaju/Barra, hoje, são apenas quatro”, destacou o diretor de Operações da Emsurb, Bruno Moraes.
De acordo com o diretor, esse descarte ocorre mais durante a madrugada. “Estamos fazendo um trabalho de monitoramento junto com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) e a Guarda Municipal (GMA), para tentar identificar porque, uma vez que já foi feito um trabalho de divulgação no bairro, já tem uma unidade de recebimento, e ainda há esses locais de descarte, não se justifica. A coleta lá é regular. Já fizemos educação ambiental por duas vezes no bairro e estamos programando a terceira, visitando todas as residências e pontos comerciais. Então, é, realmente, uma questão de consciência”, reforçou Bruno.
O Ecoponto conta com duas caixas estacionárias de 5m³, uma caixa para resíduos da construção civil de 30 m³, além de seis contentores de 240 litros. No local, a população pode descartar resíduos recicláveis, eletrônicos e os chamados volumosos, como podas, móveis grandes embalagens e outros resíduos de origem não industrial. O recebimento de resíduos da construção civil é limitado a 1m³ por descarga.
Como contempla o planejamento, o objetivo é implantar mais três Ecopontos no primeiro semestre de 2019. “As regiões já foram definidas, o processo licitatório já está em andamento, e as empresas já deram lance. Estamos na fase da avaliação das planilhas para que a gente devolva à gerência de contratos e dê continuidade ao processo de licitação. O mais difícil foi implantar o primeiro. Daqui para frente é o mesmo modelo, basta o processo de licitação. Temos outras unidades da Prefeitura desativadas e vamos fazer um estudo para saber se há condições de implantar Ecoponto nesses locais”, afirmou o diretor de Operações da Emsurb.
Fotos: Felipe Goettenauer
