Seplog reúne sindicatos e esclarece situação do convênio de assistência à saúde

Planejamento e Orçamento
14/03/2019 17h49

Esclarecer às lideranças sindicais sobre a proposta de reajuste apresentada pelo Ipesaúde. Essa foi a temática abordada em reuniões realizadas pelo secretário municipal do Planejamento, Orçamento e Gestão, Augusto Fábio Oliveira, e os dirigentes de diversos sindicatos representantes de categorias profissionais da administração municipal. A iniciativa começou na última quarta-feira, 13, e se estende até a próxima sexta-feira, 15. A ação visa justificar a razão da administração municipal não ter concordado com o reajuste proposto.

Já se reuniram com a Seplog o Sindicatos dos Servidores Públicos do Município (Sepuma), o Sindicato dos Professores do Município (Sindipema), o Sindicato dos Guardas Municipais (Sigma), Sindicatos dos Trabalhadores na Área da Saúde (Sintasa) e Sindicato dos Cirurgiões Dentistas (Sinodonto).   

De acordo com o secretário Augusto Fábio, esta é uma medida fundamental para que as lideranças conheçam detalhes da proposta apresentada e, sobretudo, o impacto que ela representará para o conjunto de servidores. “Estamos apresentando o nosso estudo de impacto financeiro que detalha o alcança do reajuste proposto pelo Ipesaúde, que supera os 58% para os servidores titulares, para os quais a administração municipal paga a contribuição patronal na ordem de 50%, e para os dependentes, onde o reajuste praticamente dobrou os valores, alcançando o percentual superior a 97%, e que será bancado individualmente pelo servidor”, explica o secretário.

Isto, ainda conforme Augusto Fábio, justifica o fato da proposta não ter sido acatada pela administração municipal. “Desde o início, discutíamos a hipótese do servidor mais antigo não ser afetado pelo novo regime de cobrança. Apenas os novos servidores que aderissem ao plano é que seriam afetados pelos efeitos da nova lei. Com essa mudança de paradigma apresentada pelo Ipesaúde, torna-se financeiramente inviável a proposta, já que supera a capacidade de pagamento dos servidores e do tesouro municipal”, argumenta Augusto Fábio

Para o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde (Sintasa), Augusto Couto, é muito importante que os sindicalistas conheçam profundamente a proposta e o que ela representa para os servidores. “Precisamos ter acesso à essas informações, que serão fundamentais para discutirmos com nossa base o que está em jogo, a exemplo da retirada do plano especial, que garantia internação em apartamento. Pela proposta atual, as internações só serão oferecidas em Enfermaria. É necessário que o servidor tenha clareza disso”, aponta o dirigente.

Já o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sepuma), Nivaldo Fernandes, destaca que já provocou, inclusive, o Ministério Público para acompanhar essa questão. “Nossa meta é que, numa reunião intermediada pelo Ministério Público, todas as informações sejam apresentadas para justificar um reajuste dessa natureza. É a saúde dos servidores públicos que está em jogo e nós vamos buscar interagir para encontrar uma solução”, destacou.

Proposta

No início da tarde desta quinta-feira, 14, o Ipesaúde enviou uma proposta alternativa à inicialmente apresentada, cuja novidade seria um desconto de 20% nos percentuais de reajuste nos próximos seis meses, quando, então, passaria a vigorar a tabela apresentada anteriormente. A posição da administração municipal continua a de não aceitar a referida proposta, já que os índices de reajuste continuam muito acima da capacidade de pagamento dos servidores e da administração municipal. Diante do impasse, a administração municipal inicia a prospecção de outras operadoras de saúde que atuam no mercado para avaliação.