O trabalho de inspeção, monitoramento e manutenção do sistema de drenagem pluvial é permanente em Aracaju e a cada dia os pontos recebem algum tipo de melhoramento que reforça a estrutura necessária para conseguir absorver as águas das chuvas. Como há previsões de oscilações climáticas e a estação do outono é sempre marcada por chuvas com trovoada, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), intensifica a limpeza e a desobstrução da microdrenagem da cidade. O serviço passa sempre por avaliações técnicas e as equipes priorizam os locais mais propensos a ocorrer alagamentos e, evidentemente, as solicitações cadastradas pela população na empresa municipal.
Além da intensidade das chuvas, outras condicionantes contribuem para a ocorrência de inundações na capital. O secretário municipal da Infraestrutura, Sérgio Ferrari, tem estudado detalhadamente e até fez uma análise chamada de "Aracaju, o sítio das águas" em que elabora, ao longo do tempo, processo de ocupação, os aterros e outras faces da expansão da cidade. "É notório que Aracaju, em linhas gerais, é uma cidade muito plana e tem uma topografia que não favorece o escoamento da água por estar, ou no mesmo nível do mar ou até abaixo. Com o crescimento imobiliário, houve a impermeabilização do solo e sem contar que os riachos, córregos e lagoas naturais estão em avançado precoce de degradação e até de desaparecimento", explica Ferrari.
O gradativo êxito na diminuição dos alagamentos em Aracaju não se resume apenas aos serviços diários executados pela Emurb. Outros órgãos da Prefeitura realizam atividades de acompanhamento do clima, monitoram locais com maior risco de desabamento e executam a limpeza do ambiente urbano.
Para o secretário, é justamente a integração administrativa que vem proporcionando estes avanços. "Regularmente, o prefeito Edvaldo Nogueira convoca secretários e auxiliares ligados mais diretamente às questões urbanísticas e sociais e cobra o que cada pasta tem feito. E não é apenas cobrança, mas Edvaldo sugere, analisa e direciona futuras ações. Este diálogo é fundamental porque órgãos como Emurb, a Emsurb - Empresa Municipal de Serviços Urbanos -, Defesa Civil, SMTT - Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Aracaju - , e a Assistência Social compartilham experiências, assim, criamos um cronograma de trabalho", destaca.
Ao que Ferrari chama de trabalho integrado, oficialmente é conhecido por Comitê de Gerenciamento de Crise e é um método administrativo moderno. "Acrescente a este Comitê, os investimentos em obras estruturantes que complementam e ampliam a rede de drenagem, à sanção da lei que cria oficialmente o Plano Municipal de Saneamento Básico que, juntos, consolidam as diretrizes para elevar a qualidade das ações e ampliar o alcance geográfico e populacional de cada serviço ofertado pela Prefeitura", conclui o secretário.
