Mães enfermeiras são homenageadas pela Prefeitura

Para construir um Sistema Único de Saúde (SUS) de qualidade para os usuários, a gestão necessita de profissionais comprometidos. Um exemplo disso são os trabalhadores da Enfermagem. No próximo domingo, 12, é o Dia Internacional da Enfermagem e dos Enfermeiros, e, este ano, é também o Dia das Mães. A Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), homenageia as mães enfermeiras, que são exemplos de amor, entrega e dedicação ao próximo.

Enfermagem é uma profissão que lida diretamente com o cuidar do ser humano. Eles são responsáveis pelo planejamento familiar, pelo cuidado com as crianças desde a gestação até a puberdade, pelo controle da hipertensão, curativo, teste rápido, vacina, exame de lâmina e educação em serviço, que é de fundamental importância para os profissionais e usuários na rotina da Unidade. A enfermeira e a coordenadora da Rede de Programas de Vigilância e Atenção à Saúde (RPVAS), Cristiane Ludmila, disse sentir-se extremamente realizada com a profissão. É enfermeira há quase 30 anos, e escolheu esse ofício, principalmente, pela oportunidade de poder cuidar do outro. 

“É uma profissão em que lidamos muito com o indivíduo nas mais diversas idades e condições, em situações de prevenção, de promoção à saúde, de assistência mais direta ao paciente mais grave. E, especificamente, na saúde pública, tenho a oportunidade de trabalhar muito com a questão da prevenção e promoção à saúde, pois acredito que muda o dia a dia e melhora a condição de vida do outro. Tenho muita gratidão à vida por ser mãe, com meus filhos aprendo sobre compaixão e amor diariamente, visto que a nossa maior arte é o cuidado do outro”, explicou.

Ludmila afirma também que durante sua vida profissional, sentiu a necessidade de contribuir com a formação de novos colegas. “Essa profissão me deu a oportunidade de trabalhar na assistência e na docência, contribuindo na formação dos meus colegas e, ao mesmo tempo, reciclando meu próprio conhecimento. Enquanto parte da categoria, percebo a valorização do profissional por esta gestão, porque agora nós temos condições de dialogar com o nosso gestor, de senti-lo mais perto. Parabéns enfermeiros, e que tenhamos sempre a oportunidade de demonstrar à sociedade o nosso compromisso com o bem-estar e a saúde do outro para alcançarmos o reconhecimento que merecemos”, elogiou.

A enfermeira e técnica do Programa Saúde da Criança, do Adolescente e do Jovem, Ana Elisabete dos Santos Silva, também revela o amor à profissão e à maternidade. “Nossa profissão é muito gratificante, pois exercemos a humanidade, a responsabilidade e a consciência da importância de proporcionar saúde através da recuperação dos nossos usuários, e ser mãe é se sentir em pleno estado de graça. Pra mim esta é a melhor definição de ser mãe, é acordar todos os dias sentindo o mundo repleto de amor, carinho, tendo a certeza que receberei os melhores e mais sinceros sorrisos e abraços”, falou.

Para a assessora técnica da Rede de Atenção Primária (Reap), Michelle Dias, a formação, independentemente da área, trata-se de algo vocacional no qual há momentos de doação, empatia e amor. “Enquanto enfermeira, desenvolvi assistência a parturiente por um curto período, mas o suficiente para perceber que o cuidado ofertado trazia muito da minha experiência como mãe. O meu lado técnico foi enriquecido com a minha experiência da maternidade, a qual fez com que eu me enxergasse em cada parturiente a qual eu atendia e cada recém nascido como se fosse meu filho”, disse.

O dia 12 não foi escolhido ao acaso, ele corresponde à data do nascimento, 12 de maio de 1820, daquela que é considerada a mãe da Enfermagem, a francesa Florence Nathingale, que se destacou em suas atividades durante a Guerra da Criméia, quando foi voluntariamente para o campo de guerra cuidar dos feridos. É dito que, como resultado de seu trabalho, o índice de morte foi reduzido de 40% para 2%. Como recompensa aos trabalhos prestados por Florence, o governo francês concedeu-lhe um prêmio em dinheiro, usado para dar início à Primeira Escola de Enfermagem, fundada no Hospital Saint Thomas, em 1859.