Moradores do Bairro Industrial contam com o Cata Treco para combate ao Aedes aegypti

“Há alguns anos, minha filha teve chikungunya, por isso, hoje, estou muito feliz pela oportunidade de retirar da minha casa esse material que estava entulhado lá no fundo e que poderia trazer de volta doenças, principalmente, com essas chuvas”. Os objetos ao qual a dona de casa Celenê Santos de Araújo se referiu são três televisores de tubo sem serventia que, com o acúmulo de água, poderiam servir como possíveis criatórios do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, chikungunya e zika.

Nesta segunda-feira, 27, a dona de casa e os demais moradores do Bairro Industrial, foram atendidos pelo programa Cata Treco, que recolhe móveis, colchões, eletrodomésticos e outros materiais inservíveis. Com esta ação, promovida pela Prefeitura de Aracaju, através da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), a administração municipal objetiva formar uma verdadeira parceria com a população para combater os focos do mosquito que, em sua maioria, estão dentro das residências. 

Ao ouvir o chamamento do serviço pelo carro de som, o autônomo José Roberto de Araújo Santos não perdeu tempo e sinalizou para a equipe, que recolheu estofados e uma cadeira. Na ocasião, ele elogiou a regularidade do serviço de coleta domiciliar que, acontece às segundas, quartas e sextas-feiras, e também outra iniciativa da gestão no bairro que propicia à população o descarte consciente: o Ecoponto. “Os moradores da região não têm motivos para jogar lixo nas esquinas. O caminhão passa aqui três vezes por semana, além disso, temos o Ecoponto. Sempre que minha esposa faz uma faxina geral aqui em casa e tem algo pra jogar, coloco em um carrinho e levo lá. Adorei a instalação desse espaço aqui perto de casa”, afirmou o morador da avenida Filadelfo Dórea.

 

A equipe recolheu também materiais descartados de forma incorreta em terrenos baldios como sofás, pedaços de madeira, embalagens plásticas, além de restos da construção civil. Geraldo dos Santos parabenizou a ação e comentou ficar sempre atento para fazer a sua parte na luta contra o mosquito. “Esse trabalho é muito importante. Na nossa casa, sempre estamos de olho e temos o cuidado de não manter nenhum local que acumule água parada. Eu já tive dengue, minha sobrinha também, por isso, não temos descanso neste combate”, afirmou ele, enquanto auxiliava os agentes na retirada de cadeiras e garrafas velhas da varanda sua residência.

Nesta terça-feira,28, o programa retorna ao Bairro Industrial. A ação de coleta terá início no estádio Sabino Ribeiro, na avenida Antônio Assis Xavier. Já na quinta-feira, 30, o serviço chegará ao bairro Santo Antônio, outra localidade identificada com número elevado de infestação do mosquito Aedes.