Prefeitura leva informações de saúde e prevenção às escolas da capital

Com o objetivo de intensificar as ações de planejamento familiar, de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez na adolescência, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), realizou, nesta quarta-feira, 12, atividades com os estudantes de 12 a 15 anos de idade, do Colégio Estadual Vitória de Santa Maria, no bairro Santa Maria. A ação foi realizada intersetorialmente, por meio dos programas Saúde na Escola (PSE), Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), e da equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) Osvaldo Leite.

 

De acordo com a técnica do PSE, Aline Guimarães, os profissionais da saúde levam uma proposta para trabalhar a educação sexual com os adolescentes nas escolas. "Em alusão ao Dia dos Namorados, resolvemos trazer este tema para os adolescentes despertarem para o uso de preservativos, prevenindo doenças e gravidez indesejadas. Hoje em dia, os meninos e as meninas estão muito precoces em relação ao sexo. Os alunos, em sua maioria, não falam de sexo com os próprios familiares. Então, é muito válida esta parceria entre educação e saúde", explicou.

Segundo o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), em 2018, Aracaju teve uma frequência de 1304 nascidos vivos em mães adolescentes, entre 10 e 19 anos, sendo que, os bairros que mais se destacaram com gravidez em adolescentes foram Santa Maria, com 183; Santos Dumont, com 98; Olaria. com 93; Cidade Nova, com 79; Mosqueiro, com 64; e Lamarão, com 55 casos.

Para a técnica do IST, Aline Rabelo, esta ação surgiu dos indicadores muito altos em algumas regiões. "Percorreremos todos os bairros que tiveram altos índices de gravidez na adolescência e de contaminação por HIV. Se a Aids está concentrada em jovens, precisamos orientar mais os adolescentes e, consequentemente, melhorar estes indicadores. A informação é a melhor prevenção", esclareceu.

Já a enfermeira da UBS Osvaldo Leite, Raimunda Santos Silva, que também participou da ação, ressaltou que um dos maiores problemas é o fato de os jovens estarem começando as relações sexuais muito cedo. "Estamos aqui também fazendo um alerta às meninas de 9 a 14 anos e aos meninos de 11 a 14 anos para a importância da vacinação contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV. Ressaltamos que a vacina protege contra diversos tipos de câncer e a proteção é completa, quando aplicada as duas doses que estão incorporadas ao calendário de rotina, disponíveis nas unidades de saúde”, complementou.