Prefeitura celebra os 42 anos do Imbuaça em edição especial do Ocupe a Praça

Agência Aracaju de Notícias
28/08/2019 23h30

De modo a reverenciar o fazer artístico do teatro de rua e celebrar os 42 anos do Grupo Imbuaça, um dos mais antigos do Brasil em atividade contínua, a Prefeitura de Aracaju realizou, na noite desta quarta-feira, 28, uma edição especial do projeto Ocupe a Praça, no Centro Cultural de Aracaju, na praça General Valadão. O projeto, desenvolvido pelo Núcleo de Produção Digital (NPD) Orlando Vieira, da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), é realizado mensalmente.

O teatro de rua é uma categoria teatral específica na qual os atores se apresentam-se em espaços abertos, na maioria das vezes, nas cidades. Os sergipanos do Imbuaça entendem que a rua é um espaço aberto onde o espetáculo deve mostrar sua representatividade junto à música, aproveitando-se ao máximo da paisagem. O Presidente da Funcaju, Cassio Murilo, relembrou a importância do Grupo, ao falar sobre a importância do projeto como ponto de reflexão para os costumes que sempre se transformam.

“A Prefeitura de Aracaju está fazendo um espécie de compêndio da história da arte sergipana. Uma experiência factual é realização do Ocupe a Praça de hoje, pois escolhemos homenagear o segundo grupo mais antigo na modalidade teatro de rua, que é nosso e marca a história do teatro sergipano, ou melhor, brasileiro”, destacou o presidente da Funcaju.

Cássio Murilo ressaltou ainda que a cebebração ao Imbuaça contemplou com exposição de figurinos, exibição de vídeos sobre a história do Grupo e por fim, a apresentação do espetáculo “Mar de fita nau de ilusão”.

Na programação da noite, o NPD Orlando Vieira realizou a segunda edição do Liquidifica Diálogos, que evidenciou expressões transmitidas pelas artes cênicas a partir de reflexões contundentes conduzidas por Lindolfo Amaral e Antônio Amaral, integrantes do Imbuaça, que, além de discorrerem sobre a história do Grupo, discutiram com o público sobre a estética do teatro de rua no Brasil.

“Celebrar esses 42 anos em espaços como estes, que fazem parte da história de Aracaju é de uma importância tamanha. O Imbuaça, considerado patrimônio imaterial de Sergipe, dialogou com a Funcaju e uma das principais coincidências que nos trouxe até aqui é o fato de comemorarmos na praça General Valadão, afinal somos um teatro de rua”, destacou Lindolfo.

“O Imbuaça, na minha vida, foi uma das experiências mais significativas que tive, até hoje levo uma bagagem que muito me agregou valor e experiências profissionais, além de terem me ensinado a entender a arte de modo geral”, afirmou Wallace Matias, que participou durante três anos do Grupo e atualmente é estudante de Dança.

Pedagoga, Ana Paula Coutinho foi à General Valadão celebrar os 42 anos do Imbuaça e relembrou como conheceu o Grupo, há 20 anos, quando mudou-se para Sergipe. Para ela, a homenagem prestada pela Funcaju, dada a história do Imbuaça, é um gesto dignificante. “Particularmente, gosto muito de teatro, acho extremamente importante essa ação para o povo sergipano, porque, não fosse atitudes como essas, as pessoas esqueceriam suas raízes.”, expressou ela.

A professora Angela Maria de Melo diz que, sempre que pode, participa do Ocupe., pois, considera o projeto fundamental para a cultura sergipana. “Aqui é um espaço alternativo que tem muita cultura e o povo aracajuano precisa conhecer e vim para cá. O público é muito diversificado, há um encontro de gerações que gostam e preservam o que é nosso. De modo que, em especial, hoje, celebramos o importante grupo Imbuaça, raro no Brasil pela sua longevidade, dinamismo e que tratam dos atuais problemas sociais. Então é dia de gratidão para a companhia que leva Sergipe para o mundo”, afirmou.