Saúde intensifica prevenção contra a Leishmaniose durante semana de mobilização

Saúde
02/09/2019 14h43
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A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), realizou entre os dias 26 a 30 de agosto, a Semana de Controle e Combate à Leishmaniose Visceral, com o objetivo de mobilizar os profissionais de saúde e a comunidade em geral sobre a doença, intensificando o trabalho de controle nos bairros de maior vulnerabilidade social.

As atividades foram realizadas em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e escolas públicas, e se estenderam para o trabalho de campo. De acordo com a gerente do Centro de Controle de Zoonose (CCZ), Marina Sena, este inseto se adapta facilmente ao ambiente em temperaturas diversas. Por este motivo, a população deve estar sempre atenta à presença de acúmulo de matéria orgânica e umidade, pois são condições ideais para procriação do flebotomíneo.

“A coleta de sangue de cães em bairros com histórico de casos humanos da doença e no consultório veterinário do Centro de Controle de Zoonoses é uma rotina da equipe, ocorrendo o ano todo. Porém, semana passada intensificamos as coletas para identificar os animais positivos ainda no início, visto que muitos são assintomáticos, ou seja, que não apresentam sinais clínicos da Leishmaniose Visceral”, explicou Marina.

A doença

Considerando apenas o primeiro semestre de 2018 foram 31 casos notificados e 12 confirmados. Já no mesmo período deste ano, foram 15 casos notificados e seis confirmados. Ou seja, foram registradas quedas de 48% nas notificações e 50% no número de casos confirmados.

Segundo o supervisor do Programa Municipal de Controle da Leishmaniose, Wilson Oliveira dos Santos, a Leishmaniose Visceral é uma doença parasitária infecciosa não contagiosa, causada pelo protozoário Leishmania chagasi, e transmitida através da picada de flebotomíneos infectado. Tem como fonte de infecção os reservatórios, que no ambiente urbano o principal é o cão, e no ambiente silvestre as raposas.

“Pode se manifestar de duas formas: a Leishmaniose Tegumentar ou Cutânea e a Leishmaniose Visceral ou Calazar. Durante toda a semana, realizamos palestras, exibimos vídeos educativos, entregamos panfletos e coletamos sangue canino para diagnóstico da doença. Mapeamos também os ambientes propícios ao vetor e fizemos o controle químico com ação de borrifação de poder residual”, acrescentou.

A doença é de notificação compulsória, cujo diagnóstico e tratamento devem ser realizados precocemente para que ocorra redução das taxas de letalidade e grau de morbidade, bem como diminuição dos riscos de transmissão, mediante o controle do reservatório e agente transmissor. O profissional de saúde deve informar à SMS, ou a própria pessoa pode informar a suspeita da doença.