Nesta terça-feira, 10, é o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. Em alusão à data, o Ministério da Saúde (MS) criou a campanha Setembro Amarelo, que busca reforçar ações para reconhecer os sinais de alerta em busca da proteção da vida. Nesse sentido, atuando de forma preventiva, a Prefeitura de Aracaju mantém uma rede de serviços com referências especializadas para atendimento ao público.
O Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) aponta que, em 2018, foram registrados 23 casos de suicídio, e até agosto deste ano, outros nove. De acordo com a coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Ivone Lara, Denize Eduarda Oliveira, além do serviço nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), existe a busca ativa para esses casos, que consiste em um atendimento inicial domiciliar e posterior acompanhamento profissional.
“Há casos em que pessoas tentam o suicídio com intoxicação por medicamentos ou violência auto infligida, por exemplo. Nesses casos, o profissional realiza uma notificação, que vai para o Núcleo de Prevenção em Acidentes e Violências (Nupeva), e essa notificação segue para o Caps. Mesmo que a pessoa não procure ajuda, realizamos visitas domiciliares ou entramos em contato para oferecer o serviço de atenção psicossocial”, detalhou.
Setembro Amarelo
Segundo a psicopedagoga do Caps Ivone Lara, Elaine Campos, o MS escolheu como foco das ações o público jovem, pois este tem aumentado o número de casos ou tentativas. A população brasileiros, na faixa etária dos 10 aos 29 anos, esté entre a que passa mais tempo conectada à internet, e tem dificuldade para lidar com a confusão entre o mundo online e as exigências e frustrações cotidianas.
“Isso gera ansiedade e enfraquece vínculos sociais. Assuntos como depressão, ansiedade e os cuidados com a saúde mental são discutidos diariamente aqui. Buscamos reconhecer os sinais de alerta e as tentativas de suicídio como prioridade na saúde”, explica Elaine Campos.
Reaps
A Rede de Atenção Psicossocial (Reaps) da Secretaria Municipal da Saúde conta com seis Caps, que atendem a todas as especificações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essas referências estão localizadas em diferentes bairros da cidade, para realizar uma cobertura completa.
“A Secretaria da Saúde de Aracaju aposta no cuidado em saúde mental que prioriza a atenção à saúde realizada próxima ao contexto familiar, buscando preservar e fortalecer os vínculos familiares, sociais e culturais dos sujeitos. Os projetos terapêuticos são singulares e visam contemplar as particularidades e história de cada pessoa, garantindo atenção integral, efetiva e eficaz às populações assistidas”, explicou a coordenadora da Reaps, Chenya Coutinho.
Os Caps recebem, diariamente, pessoas que estejam em sofrimento mental ou que possuam algum tipo de transtorno, bem como pessoas que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas.
Cinco Caps funcionam 24 horas por dia na capital sergipana, realizando acolhimento noturno como opção terapêutica para as situações de crise dos usuários dos serviços. Para as situações que precisam de uma internação ou casos de urgência, há ainda a Urgência Clínica e Mental do Hospital São José, localizado na zona Norte de Aracaju.
