Eleitos durante as Conferências Locais de Saúde, realizadas entre 19 de fevereiro e 3 de abril, os 720 conselheiros locais e os suplentes foram empossados pelo prefeito Edvaldo Nogueira nesta quarta-feira, 11. Ao todo, são 45 Conselhos Locais de Saúde (CLS), que representam cada Unidade Básica de Saúde (UBS) da capital. Cada colegiado elegeu 16 representantes (oito titulares e oito suplentes), sendo oito usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), quatro servidores e quatro gestores, seguindo a legislação do Sistema Único de Saúde (SUS) que versa sobre a representatividade no controle social. De forma democrática, a comunidade participou diretamente desse processo eleitoral.
Juntos, os CLS podem melhor reconhecer as necessidades de cada comunidade e, ao se integrarem ao Conselho Municipal da Saúde (SMS), formam o conjunto necessário para, junto à Secretaria da Saúde (SMS) da Prefeitura de Aracaju, chegar às condições necessárias para atender as demandas da população e, sobretudo, melhorar o serviço de saúde prestado na capital.
De acordo como o presidente do Conselho Municipal da Saúde, Augusto Couto, Aracaju é uma referência nacional. “É o único município que tem 45 conselhos locais no país, tanto que estamos capacitando os conselheiros locais para que possam ter um trabalho direto com a direção das unidades de saúde, com os usuários, para que se aproxime mais da gestão pública, e isto já acontecendo, é tanto que muitas demandas estão sendo resolvidas com a atuação do conselho”, destacou.
Para o técnico da área de Controle Social da SMS, Luiz Cláudio Soares, a existência dos conselhos locais possibilita um melhor entendimento da realidade de cada território. “Assim, a gestão consegue estar em todos os espaços. Aracaju é a única cidade que tem essa estrutura em que gestores, trabalhadores e usuários podem acompanhar o funcionamento de cada unidade e como a Saúde do município está se desenvolvendo. Nessa gestão do prefeito Edvaldo Nogueira, uma das diretrizes que tem sido colocada em prática é a do fortalecimento do controle e da participação social e, dentro desse processo, a SMS tem investido no fortalecimento dos conselhos, tanto na estrutura como na efetividade do seu funcionamento. Essa é uma das questões essenciais para efetivarmos o SUS em Aracaju e garantir, de fato, a melhoria das condições de vida e de saúde da população”, frisou.
Recém empossado conselheiro local, Dioclécio Fonseca considera tal colegiado um importante espaço de reflexão. “O conselho local é muito importante nas unidades porque é um conjunto que vai trabalhar em cima da situação, do SUS. Pensamos nas melhorias que podem ser feitas.Vemos a aproximação da gestão, que tem se empenhado e se debruçado para ouvir nossas demandas e, assim, estamos caminhando para melhorar cada vez mais”, disse.
Há décadas, Antônio Casemiro da Silva de dedica a ajudar a comunidade atuando como conselheiro. Ele já passou por conselhos de diversas áreas e se orgulha do trabalho que realiza. “Acredito que é uma forma de, como cidadão, poder colaborar. Não é só obrigação do poder público cuidar das unidades de saúde, a comunidade também precisa se mobilizar e, por isso, o conselho é fundamental. Conhecemos mais os moradores, podemos entender melhor as necessidades e passar para a gestão. É um serviço voluntário. Já trabalhei em conselho escolar, conselho de segurança e, como cidadão, acredito que esse também seja meu papel, ajudar a cuidar do povo”, ressaltou.
Atuante no bairro Santa Maria, Ewerton Menezes tem suas raízes ligadas à essa comunidade. “Os conselhos são uma interligação para chegar a uma boa comunicação entre comunidade e gestão. Como estamos próximos aos moradores, entendemos melhor as demandas. Meu pai é líder comunitário e tento seguir os passos dele, dando minha contribuição para melhorar a vida da minha comunidade. Já fiz parte de outros conselhos e acredito que essa seja uma boa forma de ajudar”, considerou.