No Mês Orlando Vieira, o Ocupe a Praça tem programação especial

Agência Aracaju de Notícias
17/09/2019 12h16

No mês em que o Núcleo de Produção Digital (NPD) Orlando Vieira completa 13 anos de existência, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), preparou uma programação especial, o Mês Orlando Vieira. Assim, nesta quarta-feira, dia 18, o projeto Ocupe a Praça, dentro das comemorações do NPD, será diferenciado.

A programação terá início às 18h30, com mais uma edição do projeto Liquidifica Diálogos, no Centro Cultural de Aracaju. O produtivo bate-papo contará com a participação do patrono do NPD, o ator Orlando Vieira, que abordará sua carreira e a importância do Núcleo para o audiovisual sergipano, além de expor o Kikito que ganhou no Festival de Gramado, em 1983.

Na edição especial, o Liquidifica recebe, também, a vencedora do Kikito deste ano, a diretora Carol Sakura, que falará sobre sua trajetória e o curta metragem “Apneia”, o premiado de 2019 do Festival de Gramado. Na sequência, às 20h, o público assistirá ao documentário “Rezou à Família e Foi ao Cinema”, mais um filme surpresa.

Às 21h, em frente ao Centro Cultural, na Praça General Valadão, o Ocupe a Praça especial apresenta ao público o show da cantora Patrícia Polayne, que apresentará músicas de sua composição que fizeram parte das trilhas sonoras de curtas sergipanos.

Programação NPD 13 anos
 
Contemplando a programação do “Mês Orlando Vieira”, será lançado, dia 30, o II Prêmio Marcelo Déda de Roteiro Audiovisual, para seleção de roteiros audiovisuais inéditos de curta-metragem, do gênero ficção. Serão premiados três roteiros, no valor bruto de oito mil reais, para cada um deles. As inscrições são gratuitas e os critérios de seleção seguirão ações afirmativas, como, por exemplo, metade dos selecionados ser mulher cisgênero ou transexual/travesti.

Sobre Orlando Vieira 

Orlando Vieira, símbolo de orgulho para as artes sergipanas, nasceu na cidade de Capela, interior do Sergipe. Em 1945, estudou no Seminário Sagrado Coração de Jesus para ser padre. No entanto, acabou por desistir e no ano de 1950, entrou na vida pública, trabalhou no Ministério dos Transportes, passando pelos Estados da Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Trabalhou ainda no DNER e no DNIT em Aracaju. Em sua trajetória pela arte, Orlando tinha um pouco de resistência em seguir a carreira artística, mas resolveu experimentá-la ainda nos anos 60.

Estudou teatro na Escola de Belas Artes, em Recife, e cinema depois de aposentado e já morando em Aracaju. Logo na sua estreia nos palcos, seu grupo ganhou o I Festival de Teatro de Estudantes do Nordeste, em 1962, na cidade de Caruaru (PE).

Dentre tantas conquistas, ele atuou em mais de dez filmes locais e nacionais, como: A volta do Filho Pródigo (1983), A última Semana de Lampião (1985), Tereza Batista (1991), Irmãos Coragem (1994), Guerra de Canudos (1996), Orfeu (1998), Orquestra dos Meninos (2006) entre outros. Um dos momentos mais marcantes foi seu trabalho no longa-metragem Sargento Getúlio, protagonizado por Lima Duarte, que o premiou como melhor ator coadjuvante no Festival de Gramado, 1983. Não importa onde ele esteja, seja  nos palcos dos teatros ou nas telas dos cinemas, Orlando é orgulho para Sergipe.