Uma manhã de acolhimento, esclarecimentos e muita conversa. Foi assim que se desenvolveu a palestra ocorrida na Escola Vitória de Santa Maria sobre os sintomas da depressão, a prevenção do suicídio e da valorização da vida. A atividade aconteceu nesta terça-feira, 17, e faz parte das ações do Setembro Amarelo promovidas pela Prefeitura de Aracaju.
A palestra proferida focou o tema da campanha do Setembro Amarelo, que trata o suicídio como uma questão de saúde pública. Durante o encontro, a técnica do Ceps, Taisa Belém, interagiu com os estudantes e os estimulou a compartilharem suas experiências de vida e as dificuldades encaradas no dia a dia.
“A proposta permitiu que a expressão ganhasse espaço e os afetos pudessem ser partilhados numa relação de apoio, sem julgamento e considerando a importância de construirmos caminhos mais potentes para enfrentar os desafios do viver. Falamos sobre a valorização da vida através da música com os Sons no SUS, poemas e textos, pois a arte movimenta o pensamento dos adolescentes”, explicou.
A estudante Brenda Silva aprovou a ação realizada. "Falar sobre um tema tão sério e complexo requer muita sensibilidade e conhecimento, pois não sabemos as realidades de cada pessoa presente. Palestras como essas são essenciais, uma vez que sabemos que muitos jovens sofrem com bullying e com problemas de preconceito dentro da escola”, afirmou.
Para o estudante Natanael Cristian Santos, os jovens, atualmente, estão bem vulneráveis às pressões da vida moderna que ditam várias regras, como ser bonito, magro e rico, por exemplo. “Então alguns fazem autoflagelação e às vezes cometem ou tentam o suicídio por causa desse tipo de pressão”, disse.
De acordo a coordenadora do Serviço Social da Secretaria Municipal da Saúde, Syndaia Belfort, a abordagem desse assunto é importante para que sejam evitadas novas tentativas, mas, além disso, é necessário que se perceba quais os sinais e as pessoas que precisam de auxílio.
“Um dos princípios básicos do SUS é trabalhar a promoção e a prevenção da saúde. Sobre a questão do suicídio, é preciso trabalhar com antecedência. Sempre há chances de identificar potenciais suicidas e é aí que entra o trabalho de prevenção”, relatou.
Segundo o professor Cledivaldo Bezerra Correia, este trabalho desenvolvido é fundamental, pois orienta a quem procurar, como tratar, quais as referências. “Observando as estatísticas, percebemos que os jovens, principalmente os adolescentes, estão com problemas de automutilação que, às vezes, não são percebidos pelos pais, mas pelas escolas. Por isso temos um papel fundamental na prevenção da saúde”, disse.
