A convivência com animais de estimação traz inúmeros benefícios para a saúde. Nesse sentido, a Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Assistência Social, proporcionou, nesta sexta-feira, 11, aos idosos da unidade de acolhimento Casa Lar Nalde Barbosa, e aos usuários do Centro Especializado para Pessoa com Deficiência (Centro-Dia) uma manhã de alegria e sociabilização com a visita dos animais da equipe de Busca, Resgate e Salvamento com Cães (Bresc) do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE).
Com o objetivo de melhorar o desenvolvimento físico, psicológico e promover a autonomia dos idosos e das pessoas com deficiência, foram desenvolvidas algumas atividades, como passeios e brincadeiras com os cachorros. “Fizemos a parceria com o Corpo de Bombeiros e convidamos a equipe do Centro-Dia para fazer com que essas pessoas com limitações e que necessitam de estímulos, pudessem melhorar o desenvolvimento psicossocial, a coordenação motora e também resgatar memórias afetivas. Vi no semblante de cada um deles a emoção e a alegria quando se depararam com os cães, foi muito gratificante”, afirmou a coordenadora da Casa Lar Nalde Barbosa, Ingrid Waleska Leite.
A coordenadora do Centro-Dia, Lidiane Vieira, acredita que possibilitar a interação de pessoas com deficiência com animais de estimação vai além de um simples contato. “Entendemos que o trabalho de visita feito com cães é uma terapia. Somamos os dois equipamentos para ofertar uma atividade diferente para eles, possibilitando a mobilidade e autonomia. Todas as atividades que proporcionamos na vida deles são de suma importância porque eles saem da rotina diária e ações como essa é de grande valia para eles e todos nós”, disse.
Os cães e os profissionais do CBMSE que participaram destas atividades integraram a equipe de resgate que atuou em Brumadinho, em Minas Gerais. Para o bombeiro e cinófolo da equipe do Bresc, Tiago Garcia, o trabalho da cinoterapia é uma forma leve e fácil de levar bem-estar às pessoas.
“Foi a primeira vez que realizamos essa atividade aqui. O cão é um ser livre de qualquer tipo de preconceito e acabam conquistando todo mundo, o que ajuda no nosso trabalho. Usamos essa empatia para trabalhar a socialização entre eles, já que o contato com esses cães faz com que se estabeleça uma comunicação recíproca e estimula o desenvolvimento físico, social e emocional e melhoram a autoestima de todos”, explicou.
O senhor Valter Paulo dos Santos, 68, não largou a coleira de Jimmy, nome de um dos labradores, por um só segundo. Toda essa aproximação e esse amor pelo animal o fez rememorar alguns momentos que viveu ao lado do seu cão amigo quando foi morador em situação de rua.
“Quando vi os cachorros chegando lembrei na mesma hora do meu cachorro ‘Negão’. Ele era o meu companheiro e meu guardião, me defendia nas ruas. Gostei muito de estar com eles, me senti muito alegre. Achei esse momento muito importante para mim e para todos nós”, ressaltou Valter.