Com a finalidade de prevenir doenças que, muitas vezes, são a causa da mortalidade materna e infantil, assim como promover uma gestação saudável para as mulheres, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), criou e desenvolve o projeto ConVIDA gestante, cuja meta é estreitar o acompanhamento no período de gestação, com ações que garantam um pré-natal qualificado e evitem complicações durante e pós-parto.
A partir de estudos realizados na Secretaria da Saúde de Aracaju, foram identificados os piores indicadores do Sispacto - instrumento virtual de preenchimento e registro da pactuação de prioridades, objetivos, metas e indicadores do Pacto pela Saúde, são referentes a mortalidade materna e infantil. Dessa forma, foi lançada a proposta do ConVIDA gestante, que intensifica as ações de pré-natal e de vacinas na capital.
“Percebemos que na mortalidade infantil, as crianças que mais morrem são em casos logo após o parto, que chamamos de neonatal precoce. Esse tipo de mortalidade está muito ligado à questão da assistência pré-natal e da assistência da gestante quando elas chegam na unidade terciária, que seria a maternidade. Por isso, lançamos o ConVIDA, projeto com o qual acoplamos todas as ações de assistência e vacinação, tanto das mães, como dos bebês”, explica o secretário adjunto da Saúde, Carlos Noronha.
Por serem as localidades com as maiores taxas de mortalidade infantil e também gravidez na adolescência, os bairros Santa Maria e Santos Dumont foram escolhidos para iniciar o projeto. Com encontros quinzenais, o ConVIDA acontece aos sábados, das 7h às 13h, e a próxima edição será no dia 9. No Santa Maria, as ações são realizadas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Prefeito Celso Augusto Daniel e no Santos Dumont, na UBS José Machado de Souza.
De acordo com o secretário adjunto da Saúde, com essa medida de prevenção e promoção à saúde, acredita-se que, ao proporcionar um pré-natal correto, com todas as consultas necessárias e preconizadas pelo Ministério da Saúde, as doenças causadoras da mortalidade infantil e materna poderão ser diagnosticadas e tratadas, evitando que esse índice cresça.
“Percebemos que a mortalidade materna está associada a causas evitáveis, como síndromes hipertensivas, hemorragias e infecções. Conseguimos identificar durante o pré-natal essas patologias evitáveis e prevenir a mortalidade materna. Já a mortalidade infantil está associada a crianças prematuras, e isso, por sua vez, está associado à infecção urinária e candidíase, que são duas coisas que podemos tratar facilmente durante o pré-natal”, assegura Carlos Noronha.
Pautada a questão do pré-natal, o objetivo é alcançar as sete consultas ou mais, que são preconizadas pelo Ministério da Saúde, e fazer o atendimento da assistência pré-natal com uma equipe de médicos e enfermeiros, assim como abrir o leque para a questão da vacinação, que é estendida para as crianças, com a atualização dos seus calendários vacinais.
Além disso, dentro das ações do projeto, estão sendo realizados tratamentos odontológicos, que, segundo o Carlos Noranha, fazem parte do conjunto da assistência pré-natal.
Pré-natal do parceiro
Integrando a humanização do processo de acolhimento desse grupo, o projeto ConVIDA gestante realiza, dentro do seu cronograma de ações, o pré-natal do parceiro, no qual submetem os pais às vacinas necessárias e também a testes rápidos para HIV, sífilis e para as hepatites.
“Fazendo o acompanhamento pré-natal junto às gestantes, o marido entraria nesse processo de assistência às pacientes durante o parto. À gestante está assegurada a questão do acompanhante na sala de parto, quando entrar na maternidade, que muitas vezes é seu marido, dessa forma ele estará nessa questão da assistência. Nos dois encontros que já aconteceram, percebemos a ida dos parceiros, para fazer o pré-natal e acompanhar as suas companheiras nas unidades”, afirma o secretário adjunto Carlos Noronha.