Prefeitura desenvolve projeto para regularizar Cadastro Único da população aracajuana

Assistência Social e Cidadania
26/11/2019 16h40

Cerca de 11.115 aracajuanos inscritos no Cadastro Único, instrumento que funciona como porta de entrada para vários programas sociais do governo federal, estão com os dados cadastrais desatualizados. Preocupada com a manutenção dos benefícios para essas pessoas, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, está realizando a atualização das informações cadastrais com o projeto “Averiguação e Auditoria dos Programas Sociais”.

Desenvolvido pela Coordenadoria de Benefícios Assistenciais e Transferência de Renda da Assistência Social de Aracaju, departamento responsável pelo gerenciamento do Cadastro Único, a busca ativa consiste em visitas domiciliares, ligações telefônicas e mensagens de texto para famílias que se encontram com cadastro desatualizado, informações incompatíveis e que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) mas não estão inseridas no CadÚnico.

De acordo com a coordenadora de Benefícios Assistenciais e Transferência de Renda do município, Yolanda de Oliveira, o atendimento é feito por uma equipe de assistentes sociais, que, além de atualizar os dados, também encaminha pessoas em situação de vulnerabilidade social para outros programas sociais e serviços ofertados pela Assistência Social de Aracaju.

“A gestão municipal tem a preocupação de atualizar os dados do CadÚnico da população para que elas continuem recebendo os seus benefícios. Nosso foco é regularizar o cadastro de pessoas que possuem o Bolsa Família e o BPC, mas aproveitamos o momento para também atualizar os dados cadastrais de outros benefícios, como a Carteira do Idoso, Tarifa Social de Energia Elétrica, Identidade Jovem (ID Jovem), entre outros. Essa aproximação com as famílias através das visitas ainda resulta em novas inclusões no CadÚnico, além dos profissionais detectarem as necessidades dos cidadãos para encaminhá-las a outros serviços socioassiStenciais”, salientou.  

A atualização dos dados dos beneficiários deve ser feita sempre que houver mudança na situação da família, como alteração de endereço, nova renda, nascimento ou falecimento de algum membro familiar, entre outras circunstâncias, ou, no máximo, a cada dois anos para que o benefício não seja bloqueado ou cancelado.

A gerente do BPC da Assistência Social de Aracaju, Talita Santos, explicou que além do Bolsa Família o Cadastro Único dá acesso a outros programas sociais ainda desconhecidos por alguns cidadãos. Segundo ela, o projeto ajuda a identificar a realidade de famílias para a implementação de políticas públicas em três áreas fundamentais.

“Muitas vezes, as famílias realizam o Cadastro Único para receber somente o Bolsa Família, quando na verdade ela tem direito a outros benefícios. O trabalho está sendo muito positivo porque as famílias já estão dando retorno, seja com telefonemas ou indo até os Cras para atualizar os dados. Toda essa mobilização vai continuar garantindo o recebimento dos benefícios dos cidadãos e melhorar o nosso índice de gestão descentralizada. Quanto mais atualizarmos os cadastros, maior será os recursos para operacionalizar o CadÚnico no município de Aracaju, instrumento que também é utilizado para o planejamento e execução de políticas públicas da assistência social, saúde e educação”, contou.

Iniciado neste mês de novembro, o projeto se estenderá até maio de 2020. Pouco mais de 11 mil pessoas serão alcançadas com a “Averiguação e Auditoria dos Programas Sociais”.

Cadastro

Podem se inscrever no Cadastro Único as famílias que tenham renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa ou renda familiar total de até três salários mínimos.
Quem tem renda familiar mensal superior a esses limites também pode se cadastrar, desde que sua inclusão esteja vinculada a um programa específico, como, por exemplo, mulheres que sofreram violência e participam de algum programa social.