Prefeitura encerra Janeiro Roxo com atividades no bairro São Conrado

Saúde
31/01/2020 16h10

Em alusão ao Janeiro Roxo, mês em que a atenção é mais voltada para a prevenção e combate à hanseníase, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) promoveu, nesta sexta-feira, 31, o encerramento das atividades sobre o tema na Unidade Básica de saúde (UBS) Humberto Mourão, com a comunidade do bairro São Conrado

De acordo com a assistente social da UBS, Paula Costa, durante todo o ano a unidade desenvolve atividades. “Sempre procuramos incluir na rotina da unidade esse tipo de ação, para passar conhecimento e alertar a população sobre a importância do autoexame. É fundamental que a população esteja consciente para que o diagnóstico precoce seja feito o quanto antes”, afirmou.

A usuária Ana Lúcia Santos aprovou a iniciativa. Ela acompanhou as orientações passadas pela equipe enquanto aguardava atendimento. “É muito importante ter essa orientação pra saber identificar e procurar o médico”, declarou.

Na capital sergipana, diversas atividades foram promovidas, ao longo deste mês, pelo Programa Municipal de Controle da Hanseníase (PMCH), que trouxe como um dos objetivos, o incentivo à população pela procura do serviço de saúde mais próximo, além de sensibilizar os profissionais na busca ativa de casos novos de hanseníase.

Sobre a doença
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, causada por uma bactéria denominada Mycobacterium leprae e sua erradicação tem esbarrado no medo causado pela desinformação e pelo preconceito.

A transmissão se dá quando o usuário portador de hanseníase se encontra sem tratamento. Conhecida como lepra, antigamente as pessoas infectadas eram isoladas. Por conta desse histórico, algumas pessoas tendem a fugir do diagnóstico da patologia e não possuem o conhecimento de que podem se curar se fizerem o tratamento correto.

“Os principais sintomas da hanseníase são sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades, manchas brancas ou avermelhadas na pele, perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato, áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor e nódulos, e placas em qualquer local do corpo. Trata-se de uma doença silenciosa, e em razão disso o paciente muitas vezes não dá a necessária atenção", alerta o técnico do PMCH, André de Oliveira.

Tratamento
Em Aracaju, o tratamento para hanseníase é ofertado nas Unidades Básicas de Saúde e no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar Siqueira Campos), que atua no tratamento de crianças, idosos e de casos mais graves e complexos, nessas unidades são fornecidas as medicações e a avaliação dos dados.

Já o Ambulatório de Dermatologia do Hospital Universitário oferece o cuidado ao usuário. O tratamento, se seguido corretamente pelo usuário, proporciona cura total e pode ser levar de seis a 12 meses.

“No ano de 2019, foram registrados 81 casos de pessoas infectadas pelo bacilo em Aracaju. Desta maneira, caso apresente manchas pelo corpo e se perceba uma falta de sensibilidade na região, é importante procurar a Unidade de Saúde mais próxima. O diagnóstico precoce evita maiores lesões incapacitantes”, ressaltou a coordenadora do PMCH, Léa Matos da Silveira.