Prefeitura aumenta em mais de 300% o número de castrações no primeiro bimestre do ano

Saúde
10/03/2020 17h00

O número de castrações realizadas pela Prefeitura de Aracaju nos dois primeiros meses deste ano mais que triplicou, quando comparado com o mesmo período de 2019: saltou de 60 para 198 procedimentos. Esse crescimento foi possível graças a ampliação dos atendimentos de todos os bairros no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

“Com a oferta do serviço transferida para o CCZ, todo o aparato técnico que a unidade dispõe favoreceu a ampliação no número de cadastramentos, consultas e procedimentos. Desta forma, apenas nos dois primeiros meses de 2020, o CCZ acolheu animais de 23 bairros da capital”, justifica a gerente do Centro de Controle de Zoonose (CCZ), Marina Sena.

Os bairros contemplados com essa mudança foram: Farolândia, Siqueira Campos, América, Olaria, Ponto Novo, Lamarão, Jabotiana, Santa Maria, José Conrado de Araújo, Santos Dumont, Japãozinho, Porto Dantas, Jardim Centenário, Luzia, Cidade Nova, 18 do Forte, Aruana, Soledade, Industrial, Centro, Inácio Barbosa, Santo Antônio e Bugio.

“A população têm se conscientizado do quanto a castração pode favorecer tanto o controle populacional, quanto a longevidade do animal. Prova disso é o número muito superior na adesão ao serviço. Outro resultado muito positivo que conquistamos com essa nova dinâmica de trabalho foi que, dispondo de uma estruturação adequada, além de realizar a castração nos animais machos, já conseguimos iniciar a castração de fêmeas acolhidas por ONG’s", destaca a gerente, ao explicar que das 198 cirurgias realizadas no primeiro bimestre de 2020, 46 foram em fêmeas.

Acesso ao serviço

Para as pessoas que têm interesse em utilizar o serviço gratuito de castração de cães e gatos, o CCZ normatiza alguns requisitos: são cadastrados até cinco animais por pessoa que possua renda de até 1,5 salário mínimo e seja residente em Aracaju; os cães (machos) e gatos (machos e fêmeas) devem ter idade entre cinco meses e oito anos de idade; animais comunitários, que vivem em locais públicos, poderão ser esterilizados, desde que alguém se responsabilize e tenha um lar temporário para a recuperação pós-cirúrgica.

Na consulta, é feita a comprovação de vacinação antirrábica, vermifugação e também é verificado se os animais estão dentro do peso ideal e livre de doenças que possam comprometer alguma etapa do processo. Caso não haja comprovação desses cuidados, o animal será vacinado e vermifugado.

“A castração é uma cirurgia simples, rápida e de recuperação tranquila, com uma média de sete dias, quando todas as orientações são seguidas. Além do repouso, medicamentos e curativos diários, orientamos utilizar nos felinos o colar elizabetano [que se assemelha a um cone], para uma melhor recuperação evitando que o animal chegue a lamber a ferida cirúrgica, o que pode resultar numa infecção”, ressaltou Marina Sena.