Prefeitura capacita profissionais que atuam nos Cras para qualificar serviços socioassistenciais

Assistência Social e Cidadania
10/03/2020 16h30

Com o objetivo de qualificar os serviços ofertados pela Prefeitura de Aracaju, a Secretaria Municipal da Assistência Social realizou nesta terça-feira, 10, a Oficina de Aprimoramento Teórico Metodológico do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif), atividade voltada aos coordenadores, assistentes sociais e psicólogos dos 16 Centros Referência da Assistência Social (Cras) do município, no prédio da Estação Cidadania, no Centro.

De acordo com dados da Coordenadoria de Vigilância Socioassistencial, até o final do ano de 2019, 15.780 famílias foram acompanhadas pelo Paif, principal serviço da proteção social básica que desenvolve o trabalho social com famílias ou de forma individualizada, de caráter continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva da família, prevenir a ruptura de seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na melhoria de sua qualidade de vida. Dentro do programa, são desenvolvidas ações como a acolhida, oficinas com famílias, ações comunitárias, ações particularizadas e encaminhamentos para as políticas públicas.

Para a psicóloga e gerente do Paif, Vanessa Côrtes, o resgate da teoria e o modo de aplicação do programa proporcionam o aprimoramento na qualidade do atendimento prestado pelos profissionais. “O nosso usuário deve receber um atendimento digno, com mais atenção. Com a prática do dia a dia, acabamos perdendo a proximidade com a teoria. Quando conseguimos fazer o resgate das normas técnicas instituídas, conseguimos repensar o nosso fazer profissional e melhorar a qualidade do trabalho desenvolvido. Dessa forma, os usuários sairão ainda mais satisfeitos. Aqui, também temos a oportunidade de pensar em outras temáticas para novas capacitações”, destacou.

O encontro abordou as seguranças sociais como meio de garantia dos direitos socioassistenciais, em cinco eixos de trabalho: segurança de acolhida; de renda; de convívio ou vivência familiar, comunitária e social; de desenvolvimento de autonomia; de apoio e auxílio. Logo após, foi realizada uma atividade prática na qual os trabalhadores relacionaram as ações desenvolvidas nos Cras com a segurança social.

Para o coordenador do Cras Risoleta Neves, Reginaldo Vieira, a oficina é fundamental. “Com a prática do dia a dia, deixamos de consultar as metodologias dos nossos serviços, ficamos num processo automático, sem refletir sobre os procedimentos de trabalho. O aprimoramento faz com que reavaliemos a nossa prática, nos atualizando acerca dos novos métodos de intervenção para repensar as nossas práticas e gerar mais efetividade das nossas ações, foi muito válido”, observou.

“É uma demanda nossa enquanto técnico para discutirmos a realidade do dia a dia. Somos embasados por várias normas, procedimentos, mas ainda encontramos algumas dificuldades e a oficina traz, justamente, a ideia de discutir o conjunto, relatar experiências, ações positivas, tirar dúvidas, trocar ideias, ações, são momentos fundamentais para o nosso crescimento profissional”, disse a psicóloga Camila Santana, que atua no Cras Benjamim Alves, situado no bairro Atalaia.