Prefeitura presta assistência às famílias prejudicadas pela alta da maré no Bugio

Agência Aracaju de Notícias
11/03/2020 17h10

Desde a manhã desta quarta-feira, 11, as equipes da Prefeitura de Aracaju, em especial da Secretaria Municipal da Assistência Social, estão acompanhando e prestando auxílio às famílias prejudicadas pela alta das marés, em uma ocupação no bairro Bugio, na zona Norte de Aracaju. Além de monitorar a situação de perto, o intuito é orientar e verificar quais delas devem sair da localidade de maneira emergencial. 

Os alertas de maré alta começaram a ser enviados desde o último domingo, 8, justamente para fazer com que os moradores de regiões possivelmente atingidas pudessem se preparar para a situação e, consequentemente, menos transtornos ocorressem. 

A Defesa Civil de Aracaju é o órgão responsável pelo envio desses alertas, bem como o monitoramento constante das áreas de risco. De acordo com o coordenador do órgão, major Silvio Prado, a invasão foi uma das localidades mais orientadas. 

“Essa é uma área constantemente monitorada pela Defesa Civil já que as casas foram construídas praticamente dentro do mangue, nas margens do Rio do Sal, além de não terem segurança alguma, sendo que boa parte foi construída em madeira. Por ser uma área de muita vulnerabilidade, monitoramos nas diversas situações, seja de maré alta ou mesmo chuvas fortes. Trabalhamos em parceria com a Assistência Social que toma providências no sentido de orientar para que as pessoas não fiquem expostas a esse tipo de situação. Os avisos de risco são feitos frequentemente, inclusive, fizemos panfletagem nessa área, explicando o dia e a hora exata em que a maré alta iria ocorrer, justamente para que houvesse tempo dessas pessoas se deslocarem para casas de parentes, por exemplo, até que a maré baixasse”, esclareceu o major. 

Conforme destacou o coordenador da Defesa Civil, a maré demora entre uma hora e uma hora e meia para voltar à condição de vazão e, embora seja um tempo relativamente curto, é capaz de colocar a população em risco, por isso os alertas são enviados e toda a orientação é prestada preventivamente. 

A Assistência Social de Aracaju contabilizou 14 famílias na localidade. “Disponibilizamos duas equipes da Assistência para verificar a situação das famílias que residem na comunidade do Anchietão, que foram afetadas pela maré alta, anunciada antecipadamente pela Defesa Civil. Fizemos o cadastramento das 14 famílias que tiveram partes das suas residências tomadas pela água. Porém, por enquanto, a situação é controlável. Oferecemos a todas as famílias um local para que pudessem guardar os pertences, em caso de necessidade, e até mesmo para se alojarem. Até o momento, não houve manifestação a favor da transferência. Mesmo assim, estamos com um local disponível, caso haja a necessidade”, informou a secretária adjunta da Assistência Social de Aracaju, Selma França, que ressaltou ainda que os Cras Terezinha Meira e João de Oliveira Sobral foram colocados à disposição das famílias para atender às demandas necessárias.
 
A técnica social da Diretoria da Habitação e Políticas de Transferência de Renda, Maria das Graças Santos Oliveira, explicou qual o procedimento deve ser adotado por essas famílias. “Orientamos as famílias a procurar um Cras para se registrarem no Cadastro Único, no qual elas ainda não estão cadastradas, que é a ferramenta que dá acesso aos benefícios e, posteriormente, o registro seja analisado para os programas da Assistência”, pontuou.