Contra a dengue, Prefeitura garante aplicação diária do fumacê costal

Agência Aracaju de Notícias
12/05/2020 09h27

Integrando o conjunto de ações desenvolvidas pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), para combater o Aedes aegypti, o fumacê costal, também chamado de Ultra Baixo Volume (UVB), segue sendo aplicado em toda a capital sergipana. Mesmo durante a situação de pandemia do novo coronavírus, esse trabalho de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya se mantém intensificado e é realizado diariamente.

De acordo com o supervisor de endemias da SMS, José Bonfim Oliveira, a aplicação de UBV é eficaz na eliminação do mosquito já adulto, feita em áreas de transmissão e em áreas de reprodução desses vetores. No município, aplicação do fumacê é realizada de duas formas: nas áreas onde há notificação de casos de qualquer uma dessas doenças e em pontos estratégicos onde existe concentração de criadouros.

“Na área de aplicação de bloqueio de caso, quando a gente recebe da Secretaria, através dos supervisores da dengue, as notificações, a gente prioriza aqueles casos confirmados e aí fazemos uma programação, mapeamos a área, com distância de mais ou menos 200m do caso, fazendo a aplicação nos quarteirões em volta”, explica o supervisor de endemias da SMS.

Após a aplicação, o inseticida fica no ar cerca de uma hora e trinta minutos, tempo suficiente para entrar em contato com os mosquitos, principalmente as fêmeas, que são as transmissoras das doenças. Nessas áreas, os agentes delimitam e fazem o bloqueio, com o objetivo de estancar a transmissão naquele espaço. Já nos pontos estratégicos, a ação é realizada uma vez por mês, nos locais considerados de grande concentração de depósitos criadouros como, por exemplo, ferros velhos e materiais de construção.

“Temos em Aracaju 84 pontos estratégicos catalogados no qual fazemos a aplicação de UBV. A aplicação do bloqueio de transmissão deve ser realizada entre 5h e 7h da manhã ou, das 17h às 19h, pois são os horários de movimentação vetorial. Nesses horários o Aedes está procurando sugar o sangue das pessoas para depois se recolher. Por isso, é o momento exato para a aplicação”, conta José Bonfim.

Para a aplicação, uma dupla de agentes percorre os quarteirões, indo a uma distância de cerca de 10 metros um do outro - o da frente carrega uma bandeira e o seguinte uma máquina, que faz a borrifação  do inseticida no ar. A substância utilizada no fumacê não apresenta riscos à saúde da população, nem aos animais domésticos, a menos que seja ingerida. É um método de bloqueio de transmissão, utilizado, sobretudo, entre momentos de picos das doenças, que permite combater um número maior de casos.

“Quando a gente faz borrifação em uma área delimitada porque aconteceu casos, a gente percebe que passa muito tempo sem notificar casos naquela área. Então, é de fundamental importância, uma vez que elimina as fêmeas que estão circulando naqueles espaço”, conclui o supervisor de endemias.