Dia do Enfermeiro: Saúde de Aracaju reconhece atuação dos profissionais da área

Agência Aracaju de Notícias
12/05/2020 18h00

Estabelecido oficialmente em 1974 e celebrado, portanto, há 46 anos, o Dia do Enfermeiro, este ano, tem um significado especial: com a pandemia do novo coronavírus, os profissionais da área têm sido cada vez mais demandados, capacitados e reconhecidos por toda a sociedade. A Prefeitura de Aracaju aproveita a data para homenagear todos os profissionais de Enfermagem que têm dedicado suas vidas a salvar outras vidas nas unidades da Rede Municipal de Saúde.

Coordenadora da Estratégia de Saúde da Família do município de Aracaju, a enfermeira Michelle Dias dos Santos é responsável pela gestão das 45 Unidades Básicas de Saúde mantidas pela Prefeitura de Aracaju e pelas 132 equipes de profissionais que realizam o atendimento nelas.

“São equipes formadas por profissionais de diversas áreas e especialidades, nas quais o enfermeiro tem cada vez mais espaço, pois ele é o principal pilar para a condução da vida dos usuários”, defende Michelle. Agora, com a pandemia, a responsabilidade deles é cada vez maior.

“É um cuidado dobrado tanto com os usuários quanto com os profissionais da área, porque eles também adoecem, estão na linha de frente e precisam desse olhar e cuidado diferenciados”, afirma. Segundo Michelle, a pandemia mudou todo o contexto da atuação dos enfermeiros.

Hoje eles precisam ter uma disponibilidade maior, um cuidado singular com eles e com os usuários, reconhece a enfermeira. “É preciso ter um olhar macro para não comprometer o serviço, pois toda e qualquer sinalização do usuário e do servidor requer um olhar diferenciado”, resume Michelle Dias.

Como gestora da área na rede municipal, ela reconhece que o perfil do profissional de Enfermagem está cada vez mais diversificado. “O enfermeiro tem a predominância do aspecto técnico, mas não é só isso, ele tem uma ação coadjuvante em vários serviços de saúde, seja assistencial ou mesmo na gestão”, admite.

Formada há 23 anos, Marília Oliveira Uchoa, hoje enfermeira da Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr Roberto Paixão, diz que a profissão vive um momento desafiador, já que ao mesmo tempo em que os profissionais estão sendo mais reconhecidos, também estão sendo mais cobrados.

“A nossa rotina mudou bastante. Hoje chegamos a ter receio de atender, porque todo paciente pode ter covid-19, mas a gente não pode abandoná-lo jamais. Muito pelo contrário, temos que ter ainda mais cuidado com ele e, mais do nunca, conosco também”, ressalta Marília.

Ela diz que, antes, os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) do enfermeiro eram apenas o jaleco e amor ao próximo. “Hoje, o amor continua, mas temos que atender de touca, óculos de proteção, máscara e capote descartável”, destaca. Mesmo com as mudanças necessárias, Marília diz que escolheu a profissão que lhe realiza. “Sou muito grata a Deus, porque eu escolhi uma profissão que me torna um ser humano melhor a cada dia”, admite.

Também enfermeira da UBS Roberto Paixão, Gabrielle Barbosa atua na área há 12 anos e enfrenta um dos maiores desafios da carreira. “Estamos atendendo só casos graves e pacientes com síndrome gripal, que requerem um protocolo novo e específico. O atendimento é baseado nesse novo momento”, explica.

Para ela, o momento é de maior reconhecimento e valorização profissional. “São coisas pelas quais a gente sempre lutou e, agora, por estarmos na linha de frente, estamos tendo. Mas, é claro, que temos a tensão do dia a dia, que já é uma coisa normal, aumentou bastante”, reconhece. Isso porque, para Gabrielle, de fato, o período requer mais atenção e cuidado. “Nossa atuação está mais diferenciada, ampliada”, diz.

Michelle Dias também acredita nisso. “Esse reconhecimento é necessário, porque a manutenção da vida do indivíduo não depende apenas dele, mas também de nós, que prezamos pelo direito à saúde. E o enfermeiro tem potencial para assumir postura diferenciada na gestão do sistema de saúde”, avalia.

Sobre a data
Também conhecido como Dia Internacional dos Enfermeiros, esta data homenageia o trabalho e contributo dos enfermeiros e enfermeiras para a proteção da saúde nos hospitais, já que o trabalho desses profissionais é essencial para garantir a recuperação e salvamento de vidas em perigo.
Tanto nos hospitais ou demais instituições que necessitam da assistência contínua de cuidados médicos, os enfermeiros são cruciais.