Com leitos de retaguarda, Hospital de Campanha de Aracaju segue orientações do Ministério da Saúde

Agência Aracaju de Notícias
26/05/2020 19h32

Em funcionamento há uma semana, o Hospital de Campanha Cleovansóstenes Pereira Aguiar, montado pela Prefeitura de Aracaju no Estádio João Hora de Oliveira, já recebeu 18 pacientes, entre casos suspeitos e confirmados de covid-19, todos de baixa e média complexidade, público-alvo dessas unidades. 

“O Hospital de Campanha foi projetado para atender a demanda de casos de média e baixa complexidade. Isso porque os leitos de enfermaria são de responsabilidade de gestões municipais, enquanto os leitos de UTI estão sob a gestão do Estado”, esclarece a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza.

Nesta terça-feira, 26, o Ministério da Saúde reforçou as orientações relacionadas à manutenção dos hospitais de campanha montados para tratamento da covid-19 e o entendimento de que essas unidades devem atender a pacientes com quadro clínico de baixa e média complexidade, como retaguarda para unidades permanentes que possuam Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Isso significa que os casos mais graves, de alta complexidade, devem ser encaminhados a hospitais que disponibilizem especialistas e equipamentos de UTI, que, em Sergipe, estão sob a responsabilidade e a gestão do Estado. Por isso, no último fim de semana, alguns pacientes chegaram a aguardar em ambulâncias em frente ao Hospital Municipal Fernando Franco enquanto esperavam a regulação da Secretaria de Estado de Saúde.

Waneska ressalta, porém, que, mesmo não disponibilizando diretamente os leitos de terapia intensiva, a Prefeitura de Aracaju, em parceria com o Hospital Universitário, conseguiu habilitar 14 leitos de UTI. “Mas em respeito às deliberações estaduais, que definem que a responsabilidade pela alta complexidade é de competência estadual, o município cedeu a gestão e a regulação desses 14 leitos ao Estado”, ressalta Waneska.

Para além disso, entre os leitos disponíveis na unidade de campanha, há os de estabilização, que contam com respiradores e servem para dar suporte aos pacientes já internados que sofrerem agravamento do quadro clínico. A estabilização desses pacientes é essencial enquanto o município aguarda a disponibilidade dos leitos de UTI. “No Hospital de Campanha, temos oito respiradores que darão esse suporte até que a regulação estadual disponibilize um leito de UTI. A solicitação para a transferência dos pacientes que apresentam piora do quadro clínico é feita de forma imediata à ocupação dos leitos de estabilização, justamente para darmos celeridade aos atendimentos”, esclarece.

Leitos
Com o Hospital de Campanha, Aracaju já dispõe de 130 leitos ativos em seis equipamentos de saúde na capital: 20 leitos contratados no Hospital São José; 13 leitos no Hospital Nestor Piva; sete no Hospital Fernando Franco e cinco no Hospital Universitário e 15 leitos pediátricos no Hospital Santa Isabel. Outros 82 leitos no Hospital de Campanha serão abertos de acordo com a contratação de mais profissionais para a formação de novas equipes de atendimento.

Waneska garante que a Secretaria Municipal tem trabalhado constantemente, com base em estudos e dados técnicos que avaliam a capacidade da rede de urgência e emergência e a necessidade de leitos, para continuar fazendo as adequações na rede municipal.