Famílias reconhecem assistência da Prefeitura após desabamento de casas no Cidade Nova

Assistência Social e Cidadania
08/06/2020 23h53

As três famílias atingidas pelo desabamento de um muro na rua Santa Terezinha, no bairro Cidade Nova, na sexta-feira (5), têm sido, desde então, assistidas pela Prefeitura de Aracaju. Por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, 13 pessoas entre recém-nascidos, adolescentes, adultos e idosos estão acolhidos em um hotel, situado no bairro Coroa do Meio, recebendo a assistência necessária.   

De forma preventiva, quatro casas foram interditadas no local pela Defesa Civil de Aracaju, órgão integrado à Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec). Partes de três delas desabaram. Em uma das residências, não havia moradores.  A outra, que estava ao lado dos imóveis, também corria o risco de cair e, por esse motivo, a família também foi retirada. Felizmente, ninguém ficou ferido.

De acordo com a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Passos, alguns dos integrantes das famílias foram encaminhados ao Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Risoleta Neves, no Cidade Nova, e orientados sobre as novas moradias que serão disponibilizadas com a concessão de um auxílio. O trabalho desenvolvido não só pelas equipes da Assistência Social, como de outras secretarias envolvidas foi reconhecido pelas famílias.

“Em mais um dia de visita ao hotel para saber como estavam, fomos surpreendidos pelo reconhecimento do trabalho que vem sendo desenvolvido pelas equipes municipais. Com palavras simples e gestos nobres, percebemos a alegria no olhar de cada um. Todos estão cientes que construirão uma nova história de vida e estamos aqui para isso, dar esse ponta pé inicial. Todos os dias recebemos diversas demandas, mas quando recebemos um feedback positivo sobre a nossa atuação, ficamos com a sensação de dever cumprido, não só como profissionais, mas como cidadãos”, contou a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Passos.

Ao serem alojadas no hotel, as famílias foram examinadas pela equipe médica do programa Consultório na Rua, da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que verificou a condição de saúde, além de disponibilizar outros profissionais como assistentes sociais e psicólogos para prestarem atendimentos psicossociais. No espaço, elas estão sendo acompanhadas por técnicos de referência da Assistência Social do município. Lá, estão sendo oferecidas três refeições diárias: café da manhã, almoço e janta.

Por orientação da Defesa Civil de Aracaju, o que sobrou das estruturas das residências foram demolidos para que os riscos fossem eliminados. Durante o final de semana, os escombros também foram recolhidos.

“Não podemos permitir que novas construções sejam erguidas em um local que oferece risco. Será feito um levantamento topográfico da área, onde será confeccionado um projeto e posterior execução da obra do muro de arrimo, muro de contenção. No momento, realizamos um taludamento provisório até que a empresa responsável execute o projeto”, esclareceu o coordenador da Defesa Civil de Aracaju, major Silvio Prado.

O vendedor de frutas Manoel Apolinário Filho morava no local há oito anos com a esposa, duas filhas, netos e genro. Todos estão hospedados no hotel.

“Graças a Deus ninguém se machucou. Perdemos alguns bens materiais, mas o que restou, a Prefeitura guardou no galpão. Infelizmente é uma situação triste, mas desde que a minha casa desabou, estou sendo muito bem acolhido. Não pensava que fosse receber tanto apoio. A equipe nos recebeu de braços abertos, o atendimento está sendo ótimo. Todos são atenciosos, se preocupam com o nosso bem estar. O espaço é confortável, a alimentação é boa, mas fora isso, o carinho e amor que estão tendo com a minha e outras famílias, não tem preço que pague. Estão de parabéns!”, agradeceu Manoel, em nome da família.

A residência da dona de casa Luziane Oliveira não desabou, mas oferecia risco à sua família, o esposo e à primeira filha do casal, uma bebê de apenas três meses de vida.

“Aceitamos o pedido da equipe e resolvemos sair de nossa casa. Aqui, estou sendo bem tratada, a alimentação é fornecida no horário correto, temos um número para contato em caso de qualquer emergência, independente do horário. Também recebemos atendimento com uma psicóloga e um médico para saber como estávamos. Estão cuidando de nós o tempo todo. Em nenhum momento, eles nos deixaram sozinhos”, relatou.

A aposentada Eslirene Figueirôa morava há oito anos na rua Santa Terezinha. Assim como as outras famílias, ela e seu esposo estão no hotel há cinco dias. “Não tenho do que reclamar. Estamos nos alimentando direito, temos conforto, estamos bem, apesar do que aconteceu. A Prefeitura está nos dando todo o apoio que precisamos, isso é importante. É um bom começo para recomeçar. Eu e meu esposo, agradecemos pela atenção recebida”, disse, satisfeita.