Preocupada em garantir atendimento e proteção às mulheres vítimas de violência, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, possui os Centros de Referência Especializados da Assistência Social (Creas), que oferecem diversos serviços para as cidadãs em situação de risco pessoal e social, ameaça ou violação de direitos.
Com uma equipe multidisciplinar, composta por assistentes sociais, psicólogo, educador social e orientador sociojurídico, o serviço se articula com outras políticas públicas e com os órgãos da rede de garantia de direitos no município. O objetivo é prestar a cidadãos e famílias, orientações e acompanhamentos individualizados voltados para o fortalecimento de vínculos sociais, comunitários e familiares, para a promoção dos direitos e autonomia dos usuários.
De acordo com a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Passos, o atendimento é realizado através do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi), ofertado nos equipamentos. Para ela, a vítima precisa fazer a denúncia.
“Uma das nossas frentes, no âmbito da Proteção Social Especial, é o atendimento a mulheres vítimas de violência, seja ela física, verbal ou sexual. Nos Creas, possuímos profissionais preparados que recebem essas mulheres, fazem a identificação e os devidos encaminhamentos. Sabemos que para muitas pode ser constrangedor relatar o fato ocorrido, mas é preciso denunciar. Ela não está sozinha. Mantemos contato direto com o Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis, o DAGV, que recebe as denúncias e nos encaminham alguns dos casos para que possamos fazer o acompanhamento daquela vítima e auxiliá-la na superação do direito violado”, destacou a secretária.
Diferente dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), que têm uma função mais preventiva para que as pessoas, neste caso, para que as mulheres não venham sofrer algum tipo de violação, os Creas atuam quando o direito da vítima já foi violado, como, a exemplo do assédio e abuso sexual, assuntos que tomaram grande proporção em Aracaju nos últimos dias através das redes socais.
Para a gerente da Média Complexidade da Proteção Social Especial da Assistência Social de Aracaju, Vanessa Barreto, é preciso romper com a ideia de que só mulheres vítimas de violência doméstica recebem o atendimento nos Creas, quando, na verdade, essas unidades atendem a vítimas de quaisquer tipo de violência que viole o direito do público feminino.
"A partir do primeiro atendimento, as equipes constróem um diálogo com a usuária, conhecendo toda a sua história, para depois dar os direcionamentos necessários. Não se trata de um atendimento psicológico clínico, mas sim de um acompanhamento psicossocial. Com isso, fazemos com que elas compreendam que são vítimas e não responsáveis pelo que aconteceu, para que possam ressignificarem suas vidas”, explicou.
Atendimento
Na capital sergipana, existem quatro unidades socioassistenciais, no entanto, para cumprir as recomendações dos órgãos de saúde, evitar aglomerações e respeitar as medidas de distanciamento social durante a pandemia, apenas o Creas Viver Legal, situado na avenida São João Batista, s/n, no conjunto Castelo Branco, bairro Ponto Novo, está concentrando os atendimentos. Para entrar em contato, basta ligar para o número (79) 3259-2990.
