Para frear a propagação do novo coronavírus, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), vem realizando, desde o dia 26 de março, a desinfecção de áreas públicas e alguns espaços privados da cidade, com a utilização de uma solução à base de hipoclorito de sódio e sabão esterilizante.
Contando com um cronograma diário, a ação contempla áreas externas de locais onde há aglomerações, a exemplo de terminais e pontos de ônibus e de táxi, mercados, praças e calçadões, casas de apoio a idosos, unidades operacionais de segurança, áreas próximas a hospitais, clínicas e unidades básicas de saúde que atendem exclusivamente pacientes com síndromes gripais. O trabalho de esterilização também é realizado na parte interna de órgãos públicos municipais, estaduais e federais.
O presidente da Emsurb, Luiz Roberto Dantas, explica que os trabalhos consistem basicamente na varrição de toda a parte externa dos locais; depois, com o auxílio de dois caminhões pipas, é aplicado, por meio de jato de alta pressão, o hipoclorito de sódio e o sabão desinfetante, eliminando o vírus que, porventura, esteja no chão, corrimão, paredes, dentre outros locais onde possa haver contato com a população.
"O trabalho de desinfecção está tendo continuidade, até porque houve uma melhoria nos índices da pandemia. Mas as infecções continuam, ainda é uma realidade. Esse tipo de serviço ajuda no combate à covid-19. É muito importante que continuemos com esse trabalho, tanto nos espaços públicos quanto em alguns espaços privados, fazendo a desinfecção, a limpeza e lavagem", destaca o presidente.
Luiz Roberto ressalta que, de março até agora, já foram realizadas mais de 1000 ações de desinfecções. "Chegamos ao número de mil ações realizadas no município de Aracaju. Isso teve uma interferência altamente positiva, porque está devidamente comprovado que o hipoclorito, diluído no percentual correto, ele tem uma ação efetiva em cima do vírus, seja no corrimão, numa porta, fechadura, locais onde as pessoas pegam e acabam levando a mão à boca, olhos e acabam se contaminando. Enquanto tiver a pandemia, a ação de desinfecção irá continuar", afirma Luiz Roberto, ao frisar que todos os trabalhadores que estão na linha de frente da limpeza foram treinados e atuam com os devidos equipamentos de proteção individual, como óculos, máscaras com filtro para gases, luvas, macacão e respirador facial.
Cuidados em casa
Uma das formas de contágio pelo novo coronavírus, além do toque de mão, gotículas de saliva, espirro e tosse é o contato com superfícies e objetos contaminados. Isso porque, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, a sobrevida do vírus pode durar dias em várias superfícies, como aço, plástico e papelão. Daí a importância da ação de desinfecção.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda à população que redobre os cuidados em casa. Para isso, as ações de limpeza devem abranger todos os possíveis locais que podem estar com o coronavírus, incluindo o chão, maçanetas, corrimão, interruptores de luz, superfícies de móveis, chaves, embalagens de produtos, entre outros locais.
Conforme a recomendação da Anvisa, no caso de utensílios e objetos, a limpeza com água e sabão é considerada eficiente para a descontaminação do novo coronavírus. Quando essa limpeza não é possível, é necessário, então, o uso de desinfetantes, como o álcool etílico nas formas líquido e em gel a 70%, além de hipoclorito de sódio ou água sanitária.
Não é recomendável, segundo a Anvisa, o uso de produções caseiras ou vendidas em mercados informais, pois podem acarretar riscos à saúde (queimaduras, intoxicação, irritação) e não serem eficazes.
A Anvisa salienta também que as pessoas devem seguir as orientações contidas nos rótulos dos produtos, além das instruções de uso e armazenamento e os desinfetantes devem ficar fora do alcance de crianças e animais de estimação.