Sobretudo neste período de pandemia provocada pelo novo coronavírus, o aumento do número de casos de outras doenças demanda ainda mais atenção, como as causadas pelo Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Dessa forma, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), alerta para os cuidados que a população deve tomar para evitar o surgimento de criadouros do mosquito, os quais são encontrados, em cerca de 85% dos casos, dentro das residências.
No primeiro semestre de 2020, o número de casos de dengue, zika e chikungunya notificados saltou de 56, em janeiro, para 563 em junho. Embora, em agosto, o número de notificações tenha caído para 214 casos, é fundamental manter a prevenção.
Eliminar qualquer possível criadouro do mosquito, dentro ou fora de casa, é medida básica a ser adotada por todos. De acordo com a agende de endemias do Programa de Controle do Aedes aegypti da SMS, Edjeane Gomes, é preciso prestar atenção em locais passíveis de se tornar criadouros.
“Os cuidados em relação à prevenção nas residências são verificar o quintal, ver se tem garrafas viradas para cima, manter em local sombreado, verificar ralos e vasos sanitários de banheiros em desuso. Nas residências que possuem calhas, verificar se estão obstruídas e, caso estejam, desobstruir, assim não acumulam água. Pneus a céu aberto também podem ser uma problemática, porque pode chover e acumular água”, diz a agente de endemias.
Por terem sintomas semelhantes aos da doença causada pelo novo coronavírus, as doenças provocadas pelo Aedes aegypti podem ser confundidas com covid-19. Dessa forma, a responsável pelo Programa de Controle do Aedes em Aracaju elencou alguns dos sintomas causados pela dengue, zika e chikungunya, para que a população possa diferenciar cada uma delas.
“A dengue tem como característica a febre alta, acima de 39 graus, dores musculares, atrás do olhos, manchas no corpo. Em relação à chikungunya, são as mesmas características só que o que a diferencia da dengue são as dores nas articulações, que causam até inchaço. A maioria das pessoas que tem zika não desenvolve nenhuma manifestação clínica, o que é mais evidenciado são a coceira e a vermelhidão na pele”, afirma Edjeane.