Psicólogos cumprem papel fundamental na Assistência Social de Aracaju

Família e Assistência Social
27/08/2020 16h00
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A psicologia é uma profissão fundamental no ambiente sociofamiliar, na comunidade, na prevenção e cuidado das violações de direitos. Os psicólogos da Secretaria Municipal da Assistência Social da Prefeitura de Aracaju, profissionais cujo dia é comemorado neste 27 de agosto, atuam em três níveis de Proteção Social: Básica e Especial de Média e Alta Complexidade.

Os níveis são divididos em equipamentos da Assistência Social, que são os Centros de Referência da Assistência Social (Cras) - considerada como Proteção Social Básica -, Centros de Referência Especializados da Assistência Social (Creas), Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro POP), Centro Especializado para Pessoas com Deficiência (Centro DIA), o Acolher, unidade de acolhimento temporário para pessoas em situação de rua, Casas Lares e Abrigos, unidades de Média e Alta Complexidade.

De acordo com a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Passos, o trabalho dos psicólogos é fundamental para o fortalecimento das políticas públicas de assistência social no município e deve ser valorizado.

“O papel do psicólogo é imprescindível em todos os níveis da proteção social. Nesse momento de pandemia, o trabalho desse profissional ganhou mais significado e tem sido primordial nesse momento. As atividades são voltadas para a atenção e prevenção a situações de risco, objetivando atuar nas situações de vulnerabilidade por meio do fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários e por meio do desenvolvimento de potencialidades pessoais e coletivas”, destaca Simone.

Na Proteção Social Básica, os atendimentos são feitos nos Cras, em conjunto e individualmente, para a prevenção da violação de direito e fortalecimento de vínculos, por meio do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). O serviço é ofertado com um olhar diferenciado para os usuários, trabalhando as relações interpessoais, tanto com familiares, como também com pessoas da comunidade.

Através da observação e identificação das especificidades de cada caso, o psicólogo é responsável por seguir com as devidas orientações para que a demanda seja solucionada, executando o acompanhamento familiar ou individual nos casos em que é necessária uma ação contínua, importante também para prevenção da violação.

Durante o período de pandemia, as atividades presenciais foram suspensas e passaram a ser feitas de forma remota, através de videochamadas, com atendimentos e acompanhamento à distância.

Para a psicóloga do Cras João de Oliveira Sobral, Danielle Christina Rocha Pereira, que atua há dez anos na área da Assistência Social, a valorização da profissão e a atuação em conjunto com os assistentes sociais são fatores importantes no dia a dia.

“Há valorização na equipe. Internamente, desenvolvemos o trabalho em conjunto com os assistentes sociais e sentimos uma legitimação da fala, do olhar, do posicionamento, e conseguimos fazer uma troca bastante produtiva com as famílias e com os colegas do serviço de convivência e os coordenadores”, afirmou.

Segundo a psicóloga do Cras Benjamin Alves, que trabalha há dez anos na secretaria, Camila Santana, diferente do que muitas pessoas pensam, o trabalho do psicólogo social não está relacionado à consulta clínica, mas sim a um trabalho social com as famílias.

“É importante destacar que o trabalho do psicólogo não é um trabalho de consultório, como as pessoas estão acostumadas. É feito um trabalho social com famílias, juntamente com assistentes sociais. Também existem os atendimentos individualizados, mas a principal proposta é o trabalho em conjunto para analisar toda a dinâmica da família e trabalhar com todos os membros, sejam crianças, adolescentes ou adultos para, então, solucionar as demandas”, disse.

Na Média e Alta Complexidade são feitas escutas qualitativas, atendendo cada caso individualmente com o objetivo de empoderar aqueles que tiveram seus direitos violados. O objetivo desse atendimento especializado é fazer com que o usuário se reconheça como sujeito de direito em meio à sociedade para que seja superada a situação de vulnerabilidade e risco social.

Para a psicóloga Sônia Regina Silva, que trabalha na Assistência Social há seis anos, a atuação do psicólogo nesse processo tem papel fundamental para que o indivíduo assuma o protagonismo.

“Nosso papel é fazer a escuta qualitativa do indivíduo que busca os nossos serviços para empoderá-lo na superação do direito violado. É uma função nobre, complexa, que exige responsabilidade e requer um senso crítico sobre o ser cidadão. Isso é o que mais me chama a atenção trabalhando na Assistência Social, atuamos na construção da cidadania. O papel do psicólogo no Creas se constitui em um trabalho de luta e merece ser reconhecido”, destacou.