O número de sepultamentos por covid-19 vem reduzindo de forma significativa nos cemitérios municipais de Aracaju. A média diária descreceu de dez, em junho, para 6, agora em agosto, índice que era comum antes da pandemia. Para atender à demanda gerada pelo novo coronavírus, a Prefeitura de Aracaju criou um plano de contingência funerária, o qual, segundo o presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Luiz Roberto Dantas, fez diferença nesse período.
“Houve um aumento considerável no número de sepultamentos, principalmente entre junho e julho, e esse aumento está diretamente ligado aos óbitos da covid-19. Mas as ações que executamos a partir do plano de contingência evitaram a superlotação, especialmente do Cemitério São João Batista”, afirma Luiz Roberto, ao destacar que , aAlém desse, a Prefeitura também administra o Cemitério Maria Helena, na Atalaia.
“Mas como lá são só jazigos, e não gavetas, só ocorrem sepultamentos das famílias que já têm jazigos lá”, esclarece o presidente da Emsurb. Dessa forma, os sepultamentos se concentraram no São João Batista, onde, em abril, foram sepultados 168 corpos; em maio, 184. A partir de junho, foram 291, dos quais, 102 foram em decorrência da covid. Em julho, foram 269, 89 provenientes da covid. “E, até o dia 26 de agosto, foram 166, dos quais, 38 foram por covid”, revela.
De acordo com Luiz Roberto, do dia 26 ao dia 28, não foi sepultado nenhum corpo por covid no cemitério. “Dos sepultamentos pela covid que ocorrem no São João Batista, uma média de 73% foi de idosos, sendo que o número de sepultado do sexo masculino foi 30% maior do que o feminino”, compara.
Segundo o presidente da Emurb, o plano de contingência foi criado a partir de diálogos com trabalhadores e empresários da área. “Desde o início da pandemia, tínhamos essa preocupação com os cemitérios, por isso, logo especificamos alterações na forma de velar e sepultar os corpos: o velório foi vedado e o sepultamento, seja por covid ou normal, é sem aglomeração, comportando apenas dez pessoas”, diz ele. Esses protocolos estão mantidos enquanto perdurar o estado de emergência em saúde pública.
