Setembro Amarelo: Prefeitura segue desenvolvendo acolhimento e prevenção à vida

O mês de setembro segue dedicado à prevenção e à proteção da vida, é o período no qual se desenvolve a campanha Setembro Amarelo, que busca reconhecer os sinais de alerta e a tentativa de suicídio como prioridade na saúde pública. A Prefeitura de Aracaju por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) mantém uma rede de serviços com referências especializadas para atendimento ao público.

E para facilitar o acesso aos serviços de saúde mental, a SMS oferta o atendimento multiprofissional, com psiquiatra, psicólogo, assistente social, terapia ocupacional, dentre outros profissionais nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Para ter acesso ao serviço, não precisa de encaminhamento, seja para atendimento em saúde ou o familiar que quiser orientações, é só se dirigir a algum dos Caps munido de identidade e cartão SUS.

De acordo com a coordenadora do Caps Jael Patrício, Laís Almeida, seguindo as orientações de prevenção da covid-19, como uso da máscara, álcool em gel e o distanciamento social, a equipe de profissionais traçaram um projeto terapêutico singular, além do desenvolvimento de oficinas terapêuticas, como dança, confecção de artesanatos, teatro e outras atividades terapêuticas externas (alusivas ao setembro amarelo) estão acontecendo durante este mês.

“Estimulamos o indivíduo a refletir mais sobre a vida e a importância dela, enfatizando também a necessidade de atenção especial com o bem-estar e a saúde mental dos usuários. Buscamos reconhecer os sinais de alerta e as tentativas de suicídio como prioridade na saúde, por isso intensificamos as ações durante todo este mês, sempre na perspectiva de prevenção e valorização da vida”, enfatiza.

A SMS também inovou criando o Serviço de Apoio Psicológico Remoto, através do 0800 729 3534, na opção 2, qual qualquer pessoa pode acessar o serviço e ser atendida por psicólogos que estão a disposição de segunda a sexta das 08h as 20h, o atendimento acontece de forma gratuita e sigilosa. No que se refere especificamente à linha de cuidado para os casos de automutilação e tentativa de suicídio, pessoas próximas também podem buscar ajuda através do serviço.

Segundo a coordenadora da Reaps, Chenya Coutinho o serviço psicológico não oferece psicoterapia, mas oferta escuta qualificada. “Também ofertamos acompanhamento para os casos de tentativa de suicídio, ou nos casos em que a pessoa apresenta a ideia recorrente de tirar a vida, o que chamamos de ideação suicida. Desde meados de junho, passamos a acompanhar, pelo serviço de apoio psicológico, os casos de notificação recebidos pelo Núcleo de Prevenção de Violência e Acidentes [Nupeva]. E além desse serviço, essas notificações já vinham sendo encaminhadas para acompanhamento pelos Caps”, explica.

Visto que a tentativa de suicídio e a automutilação são agravos de notificação compulsória imediata no Sistema de Informação de Agravos de Notificação/Vigilância de Violências e Acidentes (SINAN/VIVA), seja pelas Unidades Básicas de Saúde ou Unidades hospitalares (públicas ou particulares) que acolhem esse paciente.

É essencial contar com o trabalho dos profissionais de saúde, ou serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente também deve fazer essa notificação, em até 24h. Seguindo com o encaminhamento e vinculação do paciente aos serviços de atenção psicossocial, de modo a prevenir que um caso de tentativa de suicídio se concretize.