Moradores dos bairros 17 de Março e Santa Maria participam de oficinas profissionalizantes

Assistência Social e Cidadania
25/11/2020 15h40

Na manhã desta terça-feira, 25, as oficinas de “Produção de Currículos” e “Orientação de Técnicas de Entrevista” levaram o total de 25 adolescentes e jovens, moradores dos bairros Santa Maria e 17 de Março, zona Sul da capital, a participarem do Trabalho Técnico Social, desenvolvido pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, em parceria com o Centro De Pesquisa, Consultoria E Estudos de Mercado, empresa responsável por executar as obras sociais do Programa de “Requalificação Urbana de Aracaju – Construindo para o Futuro”.

Nessas duas regiões, serão construídos diversos equipamentos, além de praças, creches e escolas com os recursos do empréstimo de R$ 300 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O objetivo é promover a socioeducação, abordando vários eixos como meio ambiente, sustentabilidade, qualificação profissional, geração de renda, preservação e conservação do patrimônio público, com a realização de oficinas, workshops, cursos profissionalizantes e visitas às obras em construção.

As oficinas, realizadas no Cine Teatro Hunald Fontes de Alencar, no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Maria Diná Menezes, situado no 17 de Março, contou com a presença de adolescentes a partir dos 16 anos de idade até adultos, como explicou a coordenadora do Cras, Josefa Laurentino. “Percebemos que há um interesse maior por parte deles quando o assunto é mercado de trabalho e isso é muito válido. Entendendo que os jovens precisam estar atentos às necessidades para adentrarem o mercado de trabalho com a qualificação que as empresas exigem, conseguimos reunir esse público com idades diferentes para receber as capacitações. A ideia é que, valorizados, eles também possam ser usados como mão de obra. Essas oficinas acabam corroborando com os serviços já ofertados no Cras. Dentro desse projeto, cabe nele a mobilização dos moradores em cuidar e valorizar o seu ambiente”, ressaltou.

De acordo com a coordenadora de Trabalho Técnico Social do Cepecem, Renata Góis, os trabalhos serão desenvolvidos ao longo de 30 meses (um ano e seis meses). “Este é o terceiro mês desde que o projeto foi iniciado. Na etapa anterior, realizamos workshops sobre violência urbana. Hoje, estamos promovendo essas duas oficinas de suma importância para essa população carente do município. Nas próximas fases também estaremos desenvolvendo outras ações, com novos temas. Fazemos um trabalho socioeducativo para fazer com que eles possam preservar o patrimônio público e ampliar o seu campo de conhecimento”, destacou.

Graduada em administração, a dona de casa Iva Mayara Santos, 29 anos, moradora do 17 de Março, atualmente está desempregada. Quando soube da oficina, não perdeu a oportunidade e também levou sua filha, a estudante Adriana Kauane Santos, 15 anos.

“Quero me requalificar para o mercado de trabalho porque tudo que aprendemos é para acrescentar no nosso conhecimento. Na minha época, não tinha entrevista virtual e, hoje, já existe. Parece ser um outro mundo e eu tenho que aprender a me comportar a partir de agora. Acho muito importante, principalmente para a minha filha que já pode atuar como jovem aprendiz nas empresas, por isso, trouxe ela para aprender a montar um currículo”, relatou.

O autônomo Valtenisson Januário Santos, 29 anos, morador do bairro Santa Maria, fez questão de marcar presença. “Vim pela necessidade de me preparar para entrevistas de emprego. Na primeira entrevista que fiz, me dei mal por não saber me comportar. Uma amiga me avisou que aconteceria as oficinas e não pensei duas vezes para me capacitar. Saio daqui com a sensação de que nas próximas, vou me sair bem. Aprendi bastante”, contou.