Educação de Aracaju disponibiliza canal para reforço escolar

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), segue ofertando aos alunos do 1º ao 9º anos, um canal, via telefone ou WhatsApp, para reforço escolar, isto é, uma ferramenta acessível para que os estudantes possam tirar dúvidas sobre questões disciplinares elaboradas por seus professores.

O canal é mais uma iniciativa adotada pela Semed, nesse momento de pandemia da covid-19, para manter o aprendizado dos alunos da rede municipal, já que as aulas presenciais estão temporariamente suspensas.

De acordo com a diretora do Centro de Aperfeiçoamento e Formação Continuada da Educação (Ceafe) da Semed, Gabriela Zelice, o atendimento é realizado das 8h às 12h e das 13h às 17h, através de um chat que pode ser acessado no portal 'A Escola vai até Você', e também pelo telefone. Ao entrar no canal os alunos têm acesso a profissionais de diversas áreas para dirimir quaisquer dúvidas sobre as disciplinas, seja de Matemática, Geografia ou Língua Portuguesa.

As ligações, conforme a diretora, são direcionadas para quatro salas do centro de aperfeiçoamento, onde grupos de estagiários -10 no total -, divididos por área de conhecimento (Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática), fazem o atendimento. "É importante frisar que os estagiários são monitorados por oito professores da rede municipal, conforme área de graduação", diz.

Para as dúvidas sobre Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Artes e Educação Física, os alunos devem entrar em contato pelo número 98865-6854. Já para questões de Ciências e Matemática, o número é 99131-0147. Quando a dúvida for sobre História, Geografia e Ensino Religioso, o contato é 9125-5945. Os anos iniciais do Ensino Fundamental têm um contato próprio para as dúvidas, que é o 98162-2612.

"O objetivo é motivar o aluno que está dentro de casa. Chamá-lo para participar das diversas formas possíveis. Mas é importante frisar que a melhoria do aprendizado do aluno se dá a partir do momento da formação continuada do professor, porque vai melhorar a oferta de aprendizado do educador para o estudante. Com o reforço escolar, tivemos uma nova forma de agir e de pensar, e isso se reflete, sobremaneira, no conhecimento de todos", avalia a diretora.

Gabriela Zelice explica que a ferramenta é fruto de um planejamento estratégico, capitaneado pela Semed, onde todos os professores foram ouvidos e participaram da elaboração dos módulos pedagógicos, visando um melhor aprendizado para os alunos.

"É preciso começar pelo documento ‘Diretrizes Educacionais para o Momento da Pandemia’. Neste documento, nós temos todas orientações dos procedimentos que as escolas devem seguir para esse momento. Então, há orientação de módulos e atividades curriculares não presenciais, material elaborado pelo departamento de educação e, a partir dessa orientação, o professor produz módulos com os conteúdos e atividades. O Ceaf imprime este material, a escola entrega aos estudantes, os quais respondem, devolvem para a escola e a escola devolve para os professores", explica a diretora.

A partir desses módulos, conta a Gabriela Zelice, o Ceaf começou a trabalhar com os professores para saber como eles deveriam elaborar esses módulos. "A gente segue um currículo escolar, que é o currículo de Sergipe, mas o módulo não pode ter todo o conteúdo do currículo, porque é muito grande. Então, o professor tem que selecionar. Para isso, elaboramos um grupo de professores chamado ‘Atividades Prioritárias', com base no ‘Mapa de Foco’, do Instituto Reúna. Dentro desses conteúdos prioritários, os professores da Semed observaram quais eram as atividades que deveriam compor o módulo, inclusive nas atividades curriculares não presenciais. O reforço surge para dar apoio ao estudante sobre esse material. Dessa forma, o reforço não está desconectado com o planejamento que foi elaborado", detalha.

Gabriela Zelice frisa ainda que os conteúdos são auto instrucionais, ou seja, aqueles que os alunos conseguem responder sozinhos. "O estudante consegue pegar as atividades e responder sozinho, ou com apoio do pai ou da mãe. Não é um material que precise de uma mediação presencial do professor, é um conteúdo que ele consegue fazer com a mediação tecnológica, via canal do reforço escolar, ou até mesmo com os pais", reitera.

A diretora afirma também que existe a perspectiva de o reforço escolar ser mantido em 2021. “A gente iniciou o segundo semestre virtual e continuamos com a proposta de aulas não presenciais para o próximo ano. A plataforma está operando e os estagiários estão trabalhando. O que a gente pode fazer é dar uma ressignificada nesse serviço, pensar em outros canais, ampliar o seu escopo, não só tirar dúvidas, mas fazer interação com estudantes por meio de vídeos", conclui.