Com ações planejadas, Prefeitura assegura controle do Aedes aegypti na capital

Saúde
18/12/2020 12h31
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Como forma de assegurar a manutenção do trabalho de combate ao Aedes aegypti na capital, em meio a uma pandemia, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), precisou readequar as estratégias e implementar o uso de equipamentos de proteção individual, para preservar a saúde dos servidores e da população assistida.  

Para a execução desse trabalho, o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) é a ferramenta que norteia e auxilia na elaboração das ações de combate ao mosquito. Anualmente, são realizados seis LIRAa, entretanto, por conta da pandemia, foram realizados quatro levantamentos, e nos dois últimos (setembro e novembro) houve redução de 1,4 para 0,9, valor considerado como baixo risco para o aparecimento de surtos ou epidemias. 

A essa queda de 35,7% no índice de infestação, responsável por alterar a faixa da classificação de risco, fez com que nenhum bairro fosse classificado com risco de epidemia. Esse resultado é atribuído à eficácia das ações elaboradas e executadas pela Prefeitura, sob a coordenação da Saúde de Aracaju.  

“Durante esses meses mais restritos, intensificamos todas as ações de orientação à população, bem como a aplicação do fumacê costal. A partir do mês de junho observamos o aumento no número de notificações de casos de dengue, zika e principalmente chikungyunya na nossa cidade, e por conta disso e com a autorização da gestão, realizamos um LIRAa em setembro para ter o diagnóstico do momento e saber como mudar esse cenário. Com o resultado e preparando o meio ambiente para o novo ciclo de transmissão, solicitamos autorização para o retorno das visitas domiciliares de forma completa e segura”, explica o gerente do Programa Municipal de Combate ao Aedes, Jeferson Santana.  

Até o mês de novembro, foram notificados 1.479 casos de dengue, 2.138 de chikungunya e 105 de zika. No mesmo período, foram confirmados 786 casos de dengue, 1.619 de chikungunya e 75 de zika.  

Acesso aos imóveis 
Para o retorno no acesso aos domicílios, os agentes receberam orientação sobre a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a exemplo de máscara, luva, protetor facial e álcool 70%. Com essas novas ferramentas de trabalho, a segurança do servidor e da população foi mantida e a execução das ações de eliminação dos focos e possíveis criadouros se tornou mais eficaz.  

“Tivemos que nos adaptar para manter a regularidade da oferta dos serviços de combate ao Aedes, seguindo todas as medidas de proteção. Nesse sentido, a Secretaria Municipal da Saúde fornece continuamente os Equipamentos de Proteção Individual, conforme a necessidade de uso dos trabalhadores, garantindo a proteção das equipes em todas as ações”, reforça Jeferson.  

Mutirões e coletas 
Os índices de infestação seguem apontado que mais de 80% dos criadouros se encontram nas residências, em locais como vasos de plantas, recipientes de água dos animais de estimação, vasos sanitários de pouco uso ou baldes. Entretanto, no último LIRAa, também houve uma queda importante em relação ao lixo e entulho como criadouro do mosquito.  

No levantamento feito no mês de setembro, o índice de infestação nesses locais era de 10,4, passando para 3,2, no LIRAa de novembro, registrando uma redução de 69,23%.  

“Os mutirões que são realizados aos sábados têm um papel muito importante na redução, tanto no índice geral quanto no indicador de criadouros em terrenos baldios. Temos a preocupação de atuar nos bairros selecionados pelo valor do LIRAa, assim como pela notificação de casos, e ter a parceria da Emsurb e da Sema, só reforça essa ação, porque o trabalho do Cata Treco, na coleta dos entulhos, potencializa a eliminação dos criadouros”, salienta o gerente do Programa de Combate ao Aedes.  

Até o dia 9 de dezembro, foram realizados 34 mutirões e visitados 653.558 imóveis. Além dessa ação, ao longo do ano também é realizada a coleta de pneus, que entre os meses de janeiro e outubro de 2020 coletaram 42.715 pneus. 

Visitas e Fumacê 
Outro trabalho paralelo ao mutirão é o ciclo de visitas domiciliares, que esse ano, também entre janeiro e outubro, registrou 588.076 domicílios inspecionados nos dois ciclos de vistas realizados no ano.  

Já o trabalho de aplicação do UBV Costal (Fumacê), para o bloqueio de transmissão, se baseia nas áreas com casos notificados. A ação, que contemplou 37 bairros da capital, é realizada pelos quarteirões do bairro, previamente selecionados.  

No mesmo período do ciclo de visitas, a aplicação do fumacê tratou 2.112 quarteirões, alcançando um total de 109.956 imóveis.