Prefeitura alerta para maior conscientização da população na luta contra o Aedes aegypti

Saúde
12/02/2021 16h00

O índice de infestação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, de acordo com o primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2021, divulgado este mês, aponta que mais de 70% dos focos de criadouros do vetor continuam dentro das residências.

Aracaju está com médio risco para o aparecimento de surtos ou epidemias causadas pelo Aedes aegypti, passando de 0,9, em dezembro, para 1,0, em janeiro. De acordo com o gerente do Programa de Controle do Aedes, Jeferson Santana, o primeiro LIRAa de 2021 apontou que 76,3% dos focos continuam em abastecimento de água (lavanderias, caixas d’agua, e tonéis), 18,6% são em depósitos domiciliares (vasos e pratos de plantas, ralos, lajes, e sanitários em desuso) e 4,1% em lixo (entulhos e resíduos sólidos).

"A avaliação do LIRAa é fundamental para articulação das nossas ações. Foi observado que dos 43 bairros de Aracaju tivemos 26 bairros classificados em baixo risco (satisfatório) o que equivale a 60,4% da cidade, 17 bairros em médio risco (alerta) o que equivale a 39,6% e nenhum bairro com a classificação de risco de epidemias ", explica.

Estratégias e ações
A SMS segue desenvolvendo a coleta de pneus, visitas em domicílios, atividade de bloqueio de transmissão nas áreas com casos notificados, aplicação de fumacê costal durante a semana e o mutirão realizado aos sábados.

Cuidados
O gerente orienta a população a adotar alguns cuidados básicos para forma eliminar esses criadouros, como manter fechados os reservatórios; limpar corretamente os locais que acumulam água, tais como piscinas e bebedouros de animais; cuidados com lixeiras e o descarte correto do lixo ou entulho. Guardar pneus e garrafas em locais cobertos ou descartá-los corretamente, colocar areia nos pratos das plantas, e fazer a limpeza e a manutenção correta das calhas também fazem parte da lista de cuidados essenciais.

"Temos realizado nossas atividades ininterruptamente, para assegurar que a capital não sofra com novos surtos da doença. Além de vistoriar e eliminar possíveis focos do mosquito nas praças, terrenos e áreas de uso comum na localidade, os agentes de combate a endemias também adentram os imóveis, aplicando todas as medidas sanitárias recomendadas, fazendo uso dos equipamentos de proteção individual e com a devida autorização dos proprietários", enfatiza Jeferson.

Colaboração
Outra recomendação do gerente é que o cidadão faça uma busca detalhada no imóvel e, em uma possível identificação de um foco, faça o controle. 

Jeferson também alerta para a mudança climática como um fator de atenção. "Essa mistura de chuva e calor é propícia ao surgimento de mais mosquitos. Quando as pessoas deixam recipientes sem os devidos cuidados, os mosquitos depositam os ovos, os quais entram em contato com a água e proliferam. Quando o tempo está mais frio, a larva se transforma em mosquito adulto entre 15 e 20 dias, mas, quando está mais quente, em sete dias já temos um mosquito adulto", reforça.