Campanha de vacinação contra covid-19 chega a mais 4.355 pessoas, em Aracaju

Agência Aracaju de Notícias
19/05/2021 18h30

Na capital sergipana, a Prefeitura de Aracaju tem promovido esforços para ampliar, cada vez mais, o público-alvo da Campanha de Vacinação contra Covid-19, ação coordenada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Nesta quarta-feira, 19, quando mais uma faixa de idade de pessoas com comorbidades foi atendida, a cidade chegou aos 20,03% da população vacinada,  alcançando, assim, 133.223 pessoas. 

Hoje, em todo o Brasil, 18,84% da população tomou a vacina contra covid-19 e cerca de metade dessa porcentagem completou o ciclo das duas doses do imunizante. Assim, para muitos dos que já foram imunizados, receber a vacina é motivo de alegria e profundo alívio, sobretudo quando o país ainda vive, diariamente, alarmantes registros de mortes pela doença causada pelo coronavírus. 

Somente no dia de hoje, Aracaju vacinou 4.355. Deste total, 4.172 pessoas receberam a primeira dose, sendo 3.733 pessoas com comorbidades, 113 idosos, 310 profissionais de saúde e 16 agentes de segurança e salvamento. Foram aplicadas, também, 183 vacinas como segunda dose: 103 em idosos, 59 em trabalhadores da saúde e 15 em profissionais de segurança

Uma dose de tranquilidade 

Quanta importância cabe dentro de uma pequena ampola? A resposta para esta pergunta, muitas vezes, nem encontra espaço no dicionário. Para muitos dos vacinados, os olhos dizem o que não conseguem expressar em palavras. 

As lágrimas da empresária Scheila Cristiane Alves, de 42 anos, foram sua forma de descarregar parte da angústia vivida até o dia de hoje. Hipertensa, ela viu muitos familiares morrerem na faixa dos 40 anos e, pela comorbidade, somada à ansiedade clinicamente diagnosticada, Scheila passa os dias à base de remédios. 

“Como eu esperei por esse dia. Perdi uma tia, no ano passado, e isso aumentou, ainda mais, a sensação de medo e angústia. Essa vacina me trouxe um sentimento que nem sei explicar, mas sinto mais tranqüilidade, mesmo ainda sabendo que falta um caminho considerável para que todos possam estar protegidos. E esse é o meu desejo: que possamos comemorar a vida e não mais temer a morte por essa doença”, declara Scheila enquanto permite as lágrimas rolarem. 

Lidando, diariamente, com questões dos direitos humanos, o professor Ilzver Matos, de 40 anos, diabético, sabe que a vacina é a única forma de manter as pessoas protegidas contra o vírus letal. 

“Me sinto mais tranqüilo, mesmo tendo que continuar com todos os cuidados. A vacinação é uma oportunidade que temos que aproveitar. Cuido o máximo que posso e, por ter comorbidade, sofria com a tensão no dia a dia. Além disso, tenho três idosos em casa, o que só aumentava a minha preocupação”, relata Ilzver. 

Com hipertensão de nível 2, Márcio Cristian, de 43 anos, conta que a ansiedade tava falando alto, principalmente quando soube que poderia tomar a vacina. “Não via a hora de chegar a hora de ser vacina. Em casa, agora, somos eu, meu irmão e minha mãe vacinados. Ainda assim, sei o quanto é preciso que a gente continue tomando todos os cuidados até que grande parte da população seja vacinada e espero que aconteça em breve”, afirma.