Dando continuidade às ações de apoio às famílias acolhidas da Ocupação Mulungu, após o cumprimento do mandado de reintegração de posse realizada no domingo, 23, pela Polícia Militar, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria da Assistência Social de Aracaju, prestou atendimento a 28 famílias ocupantes e que integram o Movimento Luta nos Bairros (MLB).
Dessas famílias, 25 foram direcionadas a dois abrigos mantidos pela Prefeitura de Aracaju e para a Casa de Passagem do Estado, a qual o município tem parceria, e as outras três famílias foram encaminhadas para a casa de familiares. Todas essas tiveram seus pertences conferidos, etiquetados e guardados para posterior devolução.
Nesse contexto, na manhã desta segunda-feira, 24, junto à equipe da Secretaria Municipal da Saúde, a Secretaria da Assistência Social viabilizou uma ação de testagem para covid-19 nas famílias encaminhadas para os abrigos, com o objetivo de seguir os protocolos de segurança e garantir a segurança dos novos e dos demais acolhidos junto ao servidores das casas, a partir deste novo cenário. Ao todo, 13 novos acolhidos foram avaliados na Casa de Passagem do Migrante e na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) General Freitas Brandão, sendo que todos os que foram recebidos no Abrigo Acolher já se desligaram por conta própria.
Para a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Passos, a ação complementa de maneira eficaz todo o trabalho realizado pela equipe social da Prefeitura de Aracaju junto às famílias assistidas desde as primeiras horas do último domingo. “Sabemos que é um momento delicado. Muito foi dito, especulado e, poucos se deram ao trabalho de dialogar. Agradeço a essas pessoas que confiaram em nosso trabalho e aqui estão, pois por mais que façamos, sempre há quem duvide. Em meio a 25 famílias acolhidas, em menos de 24h, dez já deixaram os abrigos, que tanto lutamos por vagas. É triste, mas é verdade. Sem falar que nos deparamos com casos de pessoas que estavam na ocupação, mas que tinham casa própria, auxílios, pensão ou, até mesmo, aposentadoria. Para quê correr esse risco?”, questiona a secretária.
Para um dos acolhidos, J.C. Sousa, 57 anos, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, receber o apoio da equipe da Assistência Social mudou sua visão sobre o que é ser acolhido pelo Poder Público. “Cheguei aqui ontem no final da tarde e me deram material para higienização, um local para deixar minhas coisas e uma cama para poder descansar. É diferente do que ouvia falar. Estou sendo bem tratado, aqui sempre estão disponibilizando alimentação também. Então não tenho o que reclamar e nem temer. Agora fiz minha primeira avaliação médica nessa pandemia”, comemorou.
Mesmo sem nenhum caso de sintoma gripal registrado, a Secretaria Municipal de Saúde encaminhou ao Serviço de Atenção Domiciliar Aracaju (SAD) a solicitação de avaliações e testes das famílias que foram recebidas no abrigo e estavam aguardando para manter contato com os demais.
“Em visita aos locais, o objetivo foi avaliar o estado de saúde dos novos residentes para detectar e manejar eventuais sintomatologias gripais. Felizmente, nenhum acolhido apresentou sintomas associados à covid-19. Nosso programa segue disponível para avaliações continuadas”, reforçou a coordenadora do Serviço de Atenção Domiciliar, Aline dos Santos.
Fotos: Ascom/Assistência
