Lei Aldir Blanc: Prefeitura promove espetáculo Vaca Profana, de Carol Frinanhi

Cultura
09/06/2021 15h30

Pode preparar a pipoca que nesta quarta e sexta-feira, dias 9 e 11, a Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), apresenta o espetáculo de dança “Vaca Profana”, de Carol Frinanhi.

A apresentação, com classificação indicativa para maiores de 18 anos, tem o intuito de abordar várias temáticas relacionadas ao universo feminino, através da mistura entre base coreográfica e trabalho cênico implicado pela vivência das integrantes do espetáculo.

Nos dois dias, o espetáculo contemplado no edital Janelas Para As Artes, da Lei Aldir Blanc, vai ser exibido em formato de live às 19h30, no canal Carol Frinanhi, no YouTube e, logo após a exibição e bem diferente dos moldes tradicionais, às 20h30, ocorrerá a “Roda Profana”, na plataforma Google Meet, com o intuito de debater sobre a obra.

A diretora da apresentação, Carol Frinanhi, explica o projeto estrutural da obra. “Vaca Profana é um espetáculo com integrantes femininas que usam do improviso para poder expressar todo o sentimento na peça. O elenco é flutuante, isso quer dizer que ele se modifica a cada temporada havendo a necessidade de ser reencarnado por outras integrantes com vivências e angústias particulares, tornando o projeto único de temporada em temporada”, afirma.

Segundo Carol, o espetáculo exige entrega de cada integrante, "e o que se entrega ao espectador é um espetáculo que, não só apresenta questões, como satiriza, escancara, denuncia e resiste às violências cotidianas contra a mulher através de uma poesia de corpo que tem cheiro, cor, textura e sensações”, destaca.

Para a realização da temporada atual, a quarta desde o início do projeto, a diretora relata como foi produzir em plena pandemia. “Para a realização da quarta temporada, nós contamos com o apoio da Lei Aldir Blanc e Prefeitura, através da Funcaju, fundamental para a manutenção e sobrevivência de artistas e obras aracajuanas nesse momento pandêmico", frisa.

Carol destaca que, embora o apoio tenha viabilizado essa realização, os desafios de trabalhar a peça nesse período pandêmico não tem sido fácil. "Elencando alguns desses desafios, inicio com a dificuldade na logística de ensaios com as demandas habituais consequentes de um grupo grande, em quantidade, e flutuante potencializadas pela suspeita e risco de contaminação, o que exigiu uma quantidade de dias e pessoas reduzidas, inviabilizando o trabalho coletivo com excelência”, detalha.

A diretora argumenta ainda que mesmo tendo uma grande dificuldade por conta da pandemia, o grupo continua unido em busca de realizar um grande espetáculo. “Ainda conectadas, nós resistimos a esse momento e vamos fazer a exibição com a nossa melhor versão possível para agora derrubar essa cerca e apresentar esse espetáculo que se tornou um grito de guerra, mais do que nunca”, pontua Carol.