De forma adaptada, Cras de Aracaju celebram os festejos juninos

Assistência Social e Cidadania
23/06/2021 14h14

Forró, bandeirolas e comidas típicas. Assim, em clima junino, os aracajuanos em situação de vulnerabilidade social participaram de atividades alusivas ao período desenvolvidos pelos Centros de Referência da Assistência (Cras) de Aracaju. Nessas unidades, mães, bebês, crianças, adolescentes e idosos são assistidos pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV).

Todos os anos, no mês de junho, os equipamentos da Proteção Social Básica (PSB) do Sistema Único de Assistência Social (Suas) administrados pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, mantêm a tradição de valorizar a cultura local e promovem a convivência comunitária para fortalecer vínculos entre os usuários e os equipamentos.

De acordo com a coordenadora da PSB da Assistência Social de Aracaju, Catharina Menezes, entre as atividades estão as entregas de kits socioeducativos e de lanches, as quais foram adaptadas devido à pandemia do novo coronavírus.

“Ao longo dos anos, sempre celebramos as datas comemorativas, presencialmente. Com a pandemia, infelizmente, não tivemos o contato presencial, mas na tentativa de não perder o vínculo com os usuários, foram pensadas novas estratégias de desenvolvimento dos trabalhos de forma remota. São entregues nas residências dos assistidos kits com atividades mensais e, agora, lanches juninos. Aqueles que não podem comparecer aos Cras, as equipes organizam a entrega com muita animação e outros que se dirigem a um de nossos equipamentos, são atendidos com todos os cuidados necessários para evitar o contágio do vírus”, explicou.

No SCFV, os contatos com os usuários também estão sendo feitos através de ligações, videoconferências, grupos de aplicativo de mensagem nos quais as equipes têm mantido contato com os usuários, enviado vídeos com atividades socioeducativas e acompanhado a rotina das famílias durante o isolamento. São ofertadas diversas atividades educacionais artísticas, culturais, de lazer e esportivas visando a participação, prevenção, promoção integral e convívio familiar, social e comunitário.

Entre o público, divididos por faixa etária, são assistidos mães e bebês de 0 a três anos de idade, crianças dos seis a 10 anos e adolescentes a partir dos 11 até 17 anos de idade,  idosos, além de grupos intergeracionais, nos quais todas as idades fazem atividades em conjunto.

Todas as equipes dos Cras se sentem engajados no trabalho coletivo feito desde os educadores sociais a auxiliares administrativos para preparar o espaço e receber os usuários, como conta a coordenadora do Cras Maria Diná situado no bairro 17 de Março, Josefa Laurentino.

“É um momento de valorização dos nossos usuários. Com profissionais caracterizados, os atendemos com animação, música, mesa farta, kits juninos e calor humano. Eles são recebidos com amor para que se sintam importantes e não um mero frequentador de Cras. Assim, o vínculo é cada dia mais fortalecido para que tenham o equipamento como um lugar para contar, sejam acolhidos”, contou.

A equipe do Cras Antônio Valença, localizado no bairro Farolândia, preparou um circuito junino divididos em dois dias para receber além dos usuários, crianças assistidas pelo Abrigo Sorriso, administrado pela gestão municipal.  Segundo a coordenadora da unidade, Luciana Prado, os usuários não permanecem no local. Eles recebem seus kits e voltam para suas residências.

“Para não causar aglomeração, o circuito foi divido em dois dias onde participaram de brincadeiras, danças, cantigas com a oportunidade de falar sobre os sentimentos que vivenciam durante essa pandemia no Serviço de Convivência. É uma forma de manter o vínculo com os grupos de crianças como o Cordel Atrapalhado e Carrossel, e idosos, como os grupos Dandara, José Anchieta e Flor de Lis. Seguimos todos os protocolos de higiene e segurança”, relatou.

Saudade
A dona de casa Maria Leda dos Santos, 69, é uma das idosas que participam dos grupos do SCFV. Ela faz questão de manter o contato com o Cras. “Estou com saudade da equipe. Sempre mantenho contato ligando para o educador social, é muito bom. Estou pedido a Deus que essa pandemia acabe logo. Em breve, voltaremos logo com as nossas atividades presenciais. Do pouco tempo que frequento a unidade, já aprendi muitas coisas com as meninas”, contou.

A saudade também é sentida pela aposentada Erundina Santos, 73, assistida pelo Cras Antônio Valença há três anos. “Estou com muita saudade daqui, pedindo para Jesus que acabe com esse vírus. Aqui nos divertimos, é muito bom. Ótimo. Gosto demais das meninas. Quero voltar rápido, não posso deixar de fazer parte do Cras”, disse.